Caracterização das lesões vasculares na pitiose em cães e eqüídeos
Visualizar/ Abrir
Data
2021-06-30Primeiro membro da banca
Flores, Mariana Martins
Segundo membro da banca
Trost, Maria Elisa
Terceiro membro da banca
Dantas, Antonio Flávio Medeiros
Quarto membro da banca
Galiza, Glauco José Nogueira de
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Pitiose é uma doença infecciosa causada pelo oomiceto Pythium insidiosum. Esta enfermidade
acomete humanos e diversas espécies animais. Em humanos, a forma vascular é a
apresentação clínica mais comum, na qual são observadas hifas na parede de artérias, com
desenvolvimento de aneurismas e trombose, podendo levar à amputação de membros, entre
outras consequências. Em animais, a ocorrência de lesões vasculares já foi citada por diversos
autores, no entanto, o detalhamento destas lesões e o seu possível papel na patogênese da
pitiose ainda não foram estudados mais profundamente. Assim, os objetivos desta tese foram
(1) caracterizar as lesões vasculares da pitiose em cães e equinos, determinando a presença e a
localização das hifas na parede dos vasos sanguíneos afetados; (2) explorar o modo como as
lesões da pitiose canina evoluem e se disseminam para os tecidos adjacentes; (3) assim como
também buscar compreender o papel dos vasos sanguíneos no desenvolvimento dos kunkers
na pitiose equina; (4) e descrever um caso incomum de pitiose intestinal em um equino. No
primeiro estudo, a reavaliação histológica das lesões permitiu determinar a localização das
hifas principalmente na parede de artérias, e em menor quantidade no lúmen dos vasos ou em
meio a trombos, sugerindo que na pitiose canina, a ocorrência de embolismo seja infrequente
em comparação à pitiose em humanos ou a infecções fúngicas em cães. A observação de
intensa inflamação e de hifas adjacentes aos vasos sanguíneos (perivasculite) sugere
fortemente que as hifas utilizam a parede dos vasos sanguíneos como um caminho, e que as
lesões e hifas se disseminam para os tecidos adjacentes por extensão (contiguidade). No
segundo estudo, foram observadas hifas na parede de arteríolas e na periferia dos kunkers,
muitas vezes se projetando levemente para fora dos kunkers, além de permanecerem no
sentido longitudinal das fibras colágenas, presentes no interior de alguns kunkers. Estes
achados, somados à observação de kunkers com ramificações semelhantes a vasos
sanguíneos, sugerem que as hifas utilizem as artérias como um caminho, e que a formação
dos kunkers ocorra pela extensão direta do processo inflamatório, semelhante ao que parece
ocorrer nos cães, porém formando as concreções (kunkers) de forma tridimensional. No
terceiro artigo, foi descrito o primeiro caso de pitiose segmentar intestinal em um equino, no
Laboratório de Patologia Veterinária da UFSM, em 56 anos de rotina diagnóstica.
Coleções
Os arquivos de licença a seguir estão associados a este item: