Enraizamento de miniestacas e qualidade de mudas de Ilex paraguariensis A. St.- Hil.
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Data
2020-03-16Primeiro membro da banca
Mantovani, Nilton César
Segundo membro da banca
Trevisan, Renato
Terceiro membro da banca
Lazarotto, Marília
Quarto membro da banca
Gimenes, Eliseo Salvatierra
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Devido ao crescente interesse comercial em produtos florestais não madereiros, como as folhas de erva-mate (Ilex
paraguariensis A. St.- Hil.), principalmente no preparo de bebidas e produtos nutracêuticos, o desenvolvimento
das técnicas de propagação clonal desta espécie é de extrema importância, podendo resultar em povoamentos
uniformes e com alta produtividade foliar. Diante deste contexto, o presente estudo objetivou caracterizar
anatomicamente as raízes adventícias de miniestacas e determinar a qualidade das mudas de erva-mate produzidas
por miniestaquia. Para a caracterização anatômica, miniestacas dos clones 10SM07, 06SM17, 06SM15 e 06SM12
foram coletadas aos 0, 30 e 60 dias de cultivo em câmara úmida, fixadas e seccionadas em micrótomo de rotação.
Cloreto férrico foi utilizado para detectar compostos fenólicos e a solução de lugol para identificar grãos de amido.
Para determinar o tamanho ideal das miniestacas, realizou-se a coleta das brotações das minicepas mantidas em
minijardim clonal, as quais foram classificadas quanto ao seu comprimento em pequeno (até 2,5 cm), médio (2,6
a 5,0 cm) e grande (5,1 a 10,0 cm) e plantadas em iguais proporções de substrato comercial, vermiculita e areia.
Aos 45, 60, 75 e 90 dias de cultivo em câmara úmida, as miniestacas foram avaliadas quanto às porcentagens de
sobrevivência, calogênese, brotação, número e comprimento dos brotos, porcentagem de miniestacas enraizadas e
número e comprimentos das raízes. Para avaliar o efeito da composição dos substratos na qualidade
morfofisiológica das mudas, miniestacas enraizadas foram cultivadas em substrato comercial, terra de subsolo e
vermiculita (2:1:1 v/v/v), substrato comercial e terra de subsolo (2:1 v/v) ou terra de subsolo, esterco bovino e
casca de arroz carbonizada (2:1:1 v/v/v) e avaliadas aos 30, 60, 90 e 120 dias de cultivo quanto à porcentagem de
sobrevivência, diâmetro de colo, altura da parte aérea, relação entre altura da parte aérea e diâmetro de colo e
número de folhas. Também, aos 120 dias de cultivo, três mudas de cada tratamento foram analisadas quanto à
relação entre massa seca da parte aérea e das raízes, comprimento total, área superficial, volume total, número de
extremidades das raízes e índice de qualidade de Dickson. Posteriormente, estas mudas foram distribuídas
aleatoriamente em bancadas com telas de sombreamento de 50 e 80% e avaliadas quanto à porcentagem de
sobrevivência, diâmetro de colo, altura da parte aérea e número de folhas aos 30, 60, 90 e 120 dias de cultivo.
Além disso, em cada uma das avaliações morfológicas realizadas também foi quantificado o teor relativo de
clorofila a, clorofila b, clorofila total e relação entre clorofila a e b, com auxílio do clorofilômetro. A diferença na
capacidade rizogênica das miniestacas dos clones de erva-mate estudados não é dependente da presença de
barreiras anatômicas ou da acumulação de compostos fenólicos, mas pode estar associada à presença e distribuição
dos grãos de amido nos propágulos vegetativos. Miniestacas com diferentes tamanhos possibilitam o enraizamento
adventício, no entanto o uso de miniestacas pequenas (até 2,5 cm) pode maximizar a produção de mudas por
miniestaquia. Mudas clonais de erva-mate com satisfatória qualidade morfofisiológica podem ser produzidas em
substrato comercial e terra de subsolo (2:1 v/v) sob 50 e 80% de sombreamento.
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