Percepções de indivíduos com sintomatologia psicopatológica e comportamento suicida sobre os impactos da pandemia em sua vida
Fecha
2022-08-15Primeiro coorientador
Calegaro, Vítor Crestani
Primeiro membro da banca
Lena, Marisangela Spolaôr
Segundo membro da banca
Faraj, Suane Pastoriza
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Em fevereiro de 2020, o Brasil foi afetado pela pandemia da COVID-19. Com o agravo da
doença implementou-se as medidas de contenção, que incluíram o distanciamento social e o
isolamento. Por conseguinte, os efeitos da pandemia na saúde mental da população foram
profundos e poderiam agravar-se ainda mais. Houve estudos que associavam a depressão e
outras psicopatologias graves ao suicídio em vários casos durante a pandemia, e havia
sugestões de que as taxas de suicídio aumentariam, e se tornariam uma preocupação iminente
à medida que a pandemia se espalhasse e seus efeitos seriam sentidos pela população.
Portanto, o objetivo desse estudo foi compreender os impactos da pandemia na percepção dos
sujeitos com sintomas psicopatológicos graves e comportamento suicida. Trata-se de um
estudo exploratório, descritivo e de natureza qualitativa. Os critérios de inclusão foram: Ter
acima de 18 anos, apresentar diagnóstico clínico para depressão, transtorno afetivo de humor,
esquizofrenia, transtorno misto ansioso e depressivo, e comportamento suicida. O critério de
exclusão empregado consistiu em apresentar fragilidade psíquica para responder a entrevista.
Participaram 12 pessoas, de ambos os sexos, de Agudo, RS. O estudo ocorreu por meio de
uma entrevista semiestruturada realizada em dezembro de 2021. Os resultados encontrados
evidenciaram maior prejuízo na saúde mental e risco de vida em quatro participantes, em
comparação aos demais. Os fatores associados nesses casos relacionaram-se ao histórico
individual, e ao somatório de outros gerados pela pandemia, como isolamento,
distanciamento, mudanças de papéis, e principalmente pela interrupção dos tratamentos
psicológicos e psiquiátricos. Por fim, como estratégia de prevenção elaborou-se uma cartilha
de recomendações aos profissionais de saúde, contendo informações acerca do agravamento
de riscos identificados nos pacientes que interromperam o tratamento em saúde mental.
Também sugeriu- se ao município a criação de um instrumento de monitoramento destes
casos graves em sofrimento psíquico e comportamento suicida, desencadeados pela pandemia.
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