Efeitos in vitro e in vivo do bissulfato de clopidogrel em modelo experimental de melanoma: envolvimento do sistema purinérgico plaquetário
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Data
2022-08-08Primeiro coorientador
Chitolina, Maria Rosa
Primeiro membro da banca
Bottari, Nathieli Bianchin
Segundo membro da banca
Barbosa, Nilda Berenice de Vargas
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O melanoma é um tipo de câncer que ao evoluir para a forma metastática apresenta grande agressividade e torna os tratamentos antitumorais tradicionais menos eficazes. As plaquetas ativadas participam da progressão tumoral, através das interações celulares e da secreção de nucleotídeos e nucleosídeo, assim como, ATP, ADP e adenosina. A concentração extracelular dessas substâncias é controlada por enzimas que compõem o sistema purinérgico e estão presentes na superfície celular. Nucleotídeos e nucleosídeos interagem com receptores presentes na superfície de células e plaquetas e são reconhecidos como receptores purinérgicos. O bissulfato de clopidogrel (BC) é um inibidor do receptor purinérgico P2Y12, podendo então ser utilizado para inibir a ativação das plaquetas. Assim, esse projeto teve como objetivo avaliar o efeito do BC in vitro e in vivo na progressão tumoral e na modulação das enzimas das vias purinérgicas (CD39, CD73, E-ADA) em plaquetas. O estudo in vitro foi conduzido com células B16-F10 tratadas com 7 concentrações de CB e avaliadas em 24h, 48h e 72h. O in vivo foi realizado com camundongos, C57BL-6, divididos em 4 grupos: controle negativo (C); controle melanoma (M); tratado com BC (BC); com melanoma tratado com BC (M+BC). A indução do câncer nos grupos com melanoma foi realizada a partir da administração de células B16-F10 via intraperitoneal. Após 2 dias, foi iniciado o tratamento com BC em 30mg/kg/dia por gavagem, durante 12 dias. Ao final deste período, os animais foram anestesiados e eutanasiados por exsanguinação para avaliação de parâmetros como: números de nódulos tumorais, peso dos órgãos, hemograma, quantificação de biomarcadores no plasma: lactato desidrogenase (LDH); óxido nítrico (ON); e espécies reativas de oxigênio (ROS) e avaliação da atividade de enzimas do sistema purinérgico (NTPDase, 5’-nucleotidase, E-ADA) em plaquetas. Nas culturas B16-F10 in vitro em 72h o BC reduziu a proliferação e aumentou a citotoxicidade das células em dosagens superiores a 30 μM. No in vivo o tratamento reduziu o número de nódulos tumorais, aumentou os níveis de NO e reduziu a atividade da LDH. No entanto, o tratamento com BC não foi eficiente em reduzir os efeitos sistêmicos da indução refletidos pelo hemograma e peso dos órgãos. Também foi observada uma maior atividade das enzimas purinérgicas das plaquetas quando comparadas aos grupos não tratados. Dessa forma, o tratamento com BC parece rreduzir possíveis alterações relacionadas à progressão tumoral, sugerindo um efeito benéfico no tratamento do melanoma.
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