Narrativas infantis e figurações da convivência: uma proposta de discussão e seleção de textos
Fecha
2022-12-07Primeiro membro da banca
Pinto, Aroldo Jose Abreu
Segundo membro da banca
Umbach, Rosani Úrsula Ketzer
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Esta dissertação visa trazer reflexões sobre como narrativas literárias infantis podem ser um
impulso para se imaginar valores que corroborem com a convivência social mais acolhedora.
Na esteira desse trabalho de reflexão será possível perceber que os textos literários têm
potenciais de sensibilizar, problematizar, questionar e desencadear discussões, possibilitando
à criança enxergar comportamentos extraficcionais, transferindo os saberes obtidos por meio
das narrativas a situações do cotidiano. A pesquisa está dividida em seis partes, sendo a
primeira e segunda seção, encarregadas de expor como o contexto social está fragmentado,
dinâmico e plural, como crianças que emergem desse contexto são afetadas na sua identidade
e como o processo de formação é vital na sensibilização para conviver com a diversidade e as
diferenças na contemporaneidade. A terceira seção discorrerá sobre o convívio com a
diversidade étnico-cultural, com análise de obras infantis, com foco em personagens negras e
indígenas. A análise literária discute as seguintes obras: Menina bonita do laço de fita, de Ana
Maria Machado (2011a), O cabelo de Lelê, de Valéria Belém (2012), Abaré, de Graça Lima
(2009), e Menino Poti, de Ana Maria Machado (2011b). A quarta parte está focada na
dinâmica de valores no eixo das diferenças corporais. Para tanto, são analisadas as seguintes
obras: Ninguém é igual a Ninguém, de Regina Otero e Regina Rennó (1994), Deixa eu te
contar menino, Deixa eu te contar menina, de Thaís Vilarinho (2019), Uma formiga especial,
de Márcia Honora (2008), e Um amigo diferente?, de Claudia Werneck (1996). A quinta parte
tem como foco os valores no convívio com a diversidade familiar, por ser a família espaço
privilegiado para vislumbrar valores essenciais. As obras discutidas nessa seção são: As
famílias do mundinho, de Ingrid Biesemeyer Bellinghausen (2006), Cada um com seu jeito,
cada jeito é de um, de Lucimar Rosa Dias (2012), A Família do Marcelo, de Ruth Rocha
(2001), e Cada família é de um jeito, de Aline Abreu (2006). Por fim, o último capítulo
discorre sobre a relevância dos valores no cultivo dos afetos. Para discorrer sobre essa
temática, são discutidos os textos: A ovelha rosa da dona Rosa, de Donaldo Buchweitz
(2019), O Amigo do Rei, de Ruth Rocha (2009), Inclusão no Coração: A fábula do grilinho e
do vaga-lume, de Pedro Paulo da Luz (2011), e A Menina e o pássaro encantado, de Rubem
Alves, (2020). A escolha desses dezesseis textos literários se deu a partir da experiência no
ambiente escolar, caracterizado por diversidade étnica, cultural, social, corporal e familiar, e
teve como objetivo buscar textos direcionados ao público infantil que pudessem contemplar
essa diversidade. O percurso trilhado se deu por acreditar que o universo ficcional, para além
de seu caráter estético, pode oferecer impulsos à criança para imaginar valores como respeito,
gentileza, empatia, diálogo e acolhimento, reconhecendo a igualdade de direitos e cooperando
para a convivência com as diferenças. Teóricos basilares que serão revisitados para
fundamentar as discussões são Fanny Abramovich (1997), Nelly Novaes Coelho (2000),
Gregorin Filho (2009a, 2009b), Silveira et al. (2012), Regina Zilberman (2003) e outros.
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