Biocompatibilidade de cimentos endodônticos à base de silicato de cálcio e resina epóxi: estudos in vitro, in silico e revisão sistemática
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Fecha
2022-12-12Primeiro coorientador
Bier, Carlos Alexandre Souza
Primeiro membro da banca
Lima, Carolina Oliveira de
Segundo membro da banca
Pappen, Fernanda Geraldo
Terceiro membro da banca
Móra, Patrícia Maria Poli Kopper
Quarto membro da banca
Martelo, Roberta Bosso
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Esta tese apresentou três objetivos para caracterizar a biocompatibilidade de cimentos
endodônticos: (1) avaliar, por meio do ensaio de letalidade de Artemia salina, a toxicidade de
um novo cimento endodôntico à base de silicato de cálcio (Bio-C Sealer), em comparação com
Endosequence BC Sealer e AH Plus; (2) verificar previsões de toxicidade in silico dos
compostos-teste do Endosequence BC Sealer e AH Plus e simular computacionalmente, via
docking molecular, a interação dessas substâncias com mediadores da inflamação periapical;
(3) comparar histocompatibilidade, citotoxicidade e genotoxicidade dos cimentos endodônticos
pré-misturados à base de silicato de cálcio, com o AH Plus, revisando sistematicamente estudos
em animais in vivo e laboratoriais in vitro. No primeiro estudo, o teste de letalidade determinou
a taxa de sobrevivência das larvas e a toxicidade aguda (LC50). Os dados foram analisados pelos
testes ANOVA, Newman-Keuls e Dunett, com nível de significância de 5%. Bio-C Sealer e
Endosequence BC Sealer apresentaram menor toxicidade que o AH Plus e este teve o valor
mais baixo de LC50. No segundo estudo, as informações químicas dos compostos-teste foram
obtidas no site PubChem e as predições foram determinadas pelas plataformas Molinspiration
Cheminformatics, pkCSM, ProTox-II e OSIRIS Property Explorer. O docking molecular foi
realizado no programa Autodock4 AMDock v.1.5.2 para verificar as interações entre diferentes
proteínas presentes no processo inflamatório periapical (IL-1β, IL-6, IL-8, IL-10 e TNF-α) e
ligantes presentes nos cimentos (silicato de cálcio hidratado, óxido de zircônio, resina epóxi
bisfenol-A, dibenzilamina, óxido de ferro e tungstato de cálcio). A resina epóxi bisfenol-A
apresentou a menor dose máxima tolerada em humanos e foi o composto-teste com maior
número de propriedades toxicológicas positivas (hepatotoxicidade, carcinogenicidade e
irritante). Todos os sistemas apresentaram docking favorável, mas resina epóxi bisfenol-A e
dibenzilamina foram os ligantes com maior afinidade com as citocinas testadas. O terceiro
estudo seguiu as diretrizes PRISMA e as buscas eletrônicas foram realizadas nas bases
PubMed/MEDLINE e EMBASE. Os critérios de inclusão englobaram estudos em animais in
vivo e laboratoriais in vitro que avaliaram histocompatibilidade, citotoxicidade e/ou
genotoxicidade de cimentos endodônticos pré-misturados à base de silicato de cálcio em
comparação com o AH Plus. A metanálise foi realizada no programa Stata utilizando modelo
de efeito aleatório. Foram incluídos 52 estudos na extração de dados e 14 na metanálise. Os
cimentos pré-misturados à base de silicato de cálcio apresentaram melhor histocompatibilidade
aos 30 dias e maior viabilidade celular dos extratos não diluídos em 72 horas e com diluição
1:2 e 1:4 em 24 e 72 horas. Porém, não houve diferença entre os materiais para genotoxicidade.
De acordo com os resultados, conclui-se que cimentos endodônticos pré-misturados à base de
silicato de cálcio possuem comportamento biológico superior ao “padrão-ouro” AH Plus.
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