Análise observacional e numérica da supercélula tornádica de 19 de novembro de 2015 em Marechal Cândido Rondon, Paraná
Visualizar/ Abrir
Data
2022-12-19Primeiro membro da banca
Dal Piva, Everson
Segundo membro da banca
Vendrasco, Éder Paulo
Terceiro membro da banca
Albrecht, Rachel Ifanger
Quarto membro da banca
Calvetti, Leonardo
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Na tarde de 19 de novembro de 2015, um tornado com estrutura de múltiplos vórtices atingiu
a cidade de Marechal Cândido Rondon (MCR), no sul do Brasil. A supercélula tornádica
ocorreu dentro da área de cobertura de um radar banda S de dupla polarizacao, permitindo
a identificação das características polarimétricas da tempestade durante seu estágio tornádico.
As assinaturas polarimétricas identificadas e analisadas neste estudo incluem: arco
de ZDR, pé de KDP , colunas de ZDR e KDP , anéis de ZDR e hv e assinatura de detritos
tornádicos (TDS). Adicionalmente, também são mostradas as assinaturas mais tradicionais
como o eco de gancho, influxo, dipolo de velocidade radial e a região de eco fraco.
A supercélula se desenvolveu em um ambiente subtropical bastante úmido, com altos valores
de CAPE, baixo NCL e intenso cisalhamento vertical do vento em baixos e médios
níveis, mas sob uma forcante sinótica fraca e sem lapse rates significativos. Conforme
mostrado em estudos anteriores, esta configuração atmosférica é típica de um ambiente
conducente a supercélulas no sul do Brasil. Em uma segunda etapa deste trabalho, a
refletividade e a velocidade radial foram assimiladas de forma semi-idealizada através do
modelo CM1 e o filtro LETKF. Gerou-se um conjunto de 50 simulações com espaçamento
de grade de 1 km, onde modo supercelular foi o modo convectivo dominante. A maioria
das supercélulas simuladas apresentou características morfológicas clássicas observadas
nos dados de radar, como o eco de gancho e a região de baixa refletividade associado ao
influxo de ar ambiental na corrente ascendente. Na fase madura, as tempestades mais intensas
apresentaram velocidades verticais entre 7 e 8 ms1 em baixos níveis e superaram
os 30 ms1 em níveis médios. As supercélulas simuladas foram capazes de produzir um
mesociclone de baixos níveis, apesar de nem sempre ser muito intenso. Adicionalmente,
os resultados sugerem que havia uma tendência em produzir tempestades do tipo de alta
precipitação, contrastando com o observado durante o evento de MCR, onde não havia
muita precipitação ou uma cortina de chuva intensa envolvendo o tornado.
Coleções
Os arquivos de licença a seguir estão associados a este item: