Detecção de anticorpos anti-Leishmania spp. em aves domésticas de Santa Maria-RS, sul do Brasil
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Data
2023-03-08Primeiro coorientador
Botton, Sônia de Ávila
Primeiro membro da banca
Vogel, Fernanda Silveira Flôres
Segundo membro da banca
Gressler, Lucas Trevisan
Metadata
Mostrar registro completoResumo
As aves domésticas como as galinhas (Gallus gallus), perus (Meleagris gallopavo) e gansos
(Anser anser) são criados extensivamente, convivendo com humanos, animais domésticos e
silvestres reconhecidamente hospedeiros e reservatórios de protozoários do gênero Leishmania.
Além disso, o sangue dessas aves são fonte preferencial de alimentação para insetos vetores da
família Phlebotominae, sugerindo que elas possam atuar como bioindicadoras da circulação
desses protozoários. Sendo assim, este estudo teve como objetivo pesquisar a presença de
anticorpos anti-Leishmania spp. em aves domésticas da zona rural do município de Santa Maria,
sul do Brasil, por meio da Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI). Entre os meses de
maio a dezembro de 2022 foram realizadas 262 coletas de sangue em 244 (244/262 - 93%)
galinhas (Gallus gallus), oito (8/262 - 3%) perus (Meleagris gallopavo), sete (7/262 - 3%)
galinhas D’Angola (Numida meleagris) e três (3/262 - 1%) gansos (Anser anser), distribuídos
em 27 propriedades rurais de seis distritos do município de Santa Maria, Rio Grande do Sul,
Brasil. Todas as localidades visitadas apresentaram aves reagentes para títulos de anticorpos
anti-Leishmania spp. Das 244 amostras de sangue coletadas de galinhas (Gallus gallus), 181
amostras (181/244 - 74%) apresentaram resultado reagente para 30 títulos de anticorpos, assim
como seis (6/8 - 75%) perus (Meleagris gallopavo) e três (3/3 - 100%) gansos (Anser anser),
enquanto que nenhuma galinha d’Angola apresentou reatividade sorológica. Desta forma é
possível inferir que embora as aves possuam mecanismos fisiológicos que as tornam imunes a
infecção por Leishmania spp., o contato com estes protozoários pode ser capaz de induzir a
produção de anticorpos nesses animais, tornando-as possíveis bioindicadoras da presença tanto
dos vetores como dos protozoários das leishmanioses.
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