Trajetórias de vida: os processos formativos dos alunos público-alvo da educação especial no contexto do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha
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Data
2022-12-16Primeiro membro da banca
Haas, Clarissa
Segundo membro da banca
Vieira, Alexandro Braga
Terceiro membro da banca
Costas, Fabiane Adela Tonetto
Quarto membro da banca
Pavão, Sílvia Maria de Oliveira
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A presente pesquisa foi desenvolvida na Linha de Pesquisa Educação Especial, inclusão e diferença, no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Santa Maria - UFSM e no âmbito do Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre Escolarização e Inclusão - NUEPEI/UFSM. Teve como objetivo central compreender as trajetórias formativas acadêmicas e profissionais que o contexto do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha - Campus São Vicente do Sul oferta aos alunos público-alvo da educação especial. O percurso investigativo se filia ao pensamento sistêmico a partir dos aportes teóricos de Vasconcelos (2013), Maturana (1998; 2001; 2009; 2014), Maturana e Varela (2001) e Pellanda (2009) e pela Pedagogia diferenciada, defendida por Meirieu (1998; 2002; 2005; 2006). A construção da abordagem metodológica é estabelecida a partir da perspectiva da bricolagem, que se constitui como um caminho metodológico que busca compreender os fenômenos sociais a partir de um contexto complexo. A pesquisa foi realizada com quatro alunos público-alvo da educação especial matriculados no IFFar a partir de narrativas sobre suas trajetórias de escolarização. A produção dos dados foi realizada por meio das narrativas dos alunos, como também, de documentos institucionais, modelos de documentos pedagógicos e os registros pedagógicos. A construção analítica se deu a partir de três eixos, a saber: a educação básica; acesso e permanência no IFFar e as possibilidades de trabalho; relação pedagógica e apropriação do conhecimento. Identifica-se distintos percursos de escolarização na trajetória dos quatro sujeitos, no entanto, é no pertencimento à escola regular que os sujeitos encontram a possibilidade de acessar o ensino técnico, tecnológico e superior. O acesso ao IFFar e as possibilidades de profissionalização presentes nas histórias dos sujeitos estão relacionados à elementos políticos, como Política de Ações Afirmativas, Política de Direito e Diversidade do IFFar, além da constituição de Núcleos Inclusivos e a oferta do AEE, bem como outros serviços. Tais elementos possibilitam a inserção no mercado de trabalho, considerado o conhecimento técnico adquirido pelos estudantes. É na relação pedagógica que os saberes são construídos, a partir da reinvenção de todos os sujeitos escolares como pertencentes ao jogo da aprendizagem. Defende-se a potência da relação pedagógica como uma possibilidade de rompimento do que foi posto, historicamente e socialmente, na formação dos alunos concretos e autopoiéticos, para que assim, possam ocupar diferentes espaços na sociedade.
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