Avaliação do emprego da radiação micro-ondas para a pirólise de casca de arroz e obtenção de produtos com maior valor agregado
Visualizar/ Abrir
Data
2024-03-28Primeiro membro da banca
Rosa, Francisco Cunha da
Segundo membro da banca
Picoloto, Rochele Sogari
Metadata
Mostrar registro completoResumo
No presente trabalho foi utilizado um sistema de pirólise aquecida por radiação micro-ondas para a produção de bio-óleo, biocarvão e biogás à partir da casca de arroz. Para o processo de conversão foi empregado um forno de micro-ondas doméstico, cuja cavidade foi adaptada para permitir a entrada de um reator de quartzo e realização da pirólise. Durante o processo, o sistema foi purgado com gás argônio. Para condensar o óleo foi usado uma serpentina de alumínio em banho de gelo. O bio-óleo foi recolhido em um balão enquanto os gases formados passavam por um lavador de gases e foram liberados para a atmosfera. O biocarvão, restante no reator após o processo de pirólise, foi recolhido. Para absorver a energia micro-ondas e aquecer o reator de pirólise foram utilizados acessórios de carbeto de silício empilhados ao redor do reator, tudo dentro da cavidade do micro-ondas. Para tanto, foram avaliadas o tempo de pirólise (10, 15 e 20 min) e temperatura (500, 600 e 700 °C). Os melhores rendimentos foram obtidos com a temperatura de 500 ºC e 10 min de pirólise, sendo alcançados valores de 58,4 ± 1,0 %, 40,2 ± 4,1 % e 3,7 ± 2,8 % de bio-óleo, biocarvão e biogás, respectivamente. Após isso, o bio-óleo e o biocarvão foram caracterizados. Para o bio-óleo foi determinado o teor de água, a acidez, metais e informações estruturais utilizando espectroscopia no infravermelho. Para o biocarvão foi determinada a umidade, metais e informação estrutural com emprego espectroscopia no infravermelho. Além disso, a condição selecionada por apresentar o melhor desempenho com o sistema assistido por micro-ondas (500 °C, 10 min de pirólise) foi aplicada em um pirolisador de leito fixo com aquecimento convencional a fim de comparar os rendimentos. Com isso foi obtido 28,9 ± 3,0 %, 33,0 ± 10,0% e 38,0 ± 7,4 % de bio-óleo, biocarvão e biogás respectivamente, mostrando que o sistema com aquecimento micro-ondas foi mais eficiente para a produção de bio-óleo e biocarvão do que o sistema com aquecimento convencional.
Coleções
Os arquivos de licença a seguir estão associados a este item: