Novos cenários para treinamento em radiologia oral: desempenho clínico e percepção de estudantes de graduação sobre modelos de impressão 3D
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Data
2024-08-01Primeiro membro da banca
Vizzotto, Mariana Boessio
Segundo membro da banca
Serpa, Eliane Oliveira
Metadata
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Introdução: O ensino de técnicas radiográficas intraorais é fundamental na formação do cirurgião-dentista. Para evitar riscos biológicos associados à exposição aos raios X, o treinamento deve ser realizado em manequins específicos. Porém, os manequins comerciais disponíveis para treinamento em Radiologia Oral são caros e representam apenas um tipo de paciente padrão, sem variações anatômicas ou alterações patológicas, o que não reflete a diversidade encontrada na prática clínica. A utilização da impressão 3D para construção de modelos de treinamento surge como uma alternativa viável aos manequins tradicionais. No entanto, é necessário avaliar o impacto da impressão 3D no processo de ensino-aprendizagem das técnicas radiográficas intraorais. Objetivo: Avaliar o impacto dos modelos impressos em 3D no processo de ensino e aprendizagem dos estudantes de graduação no treinamento de técnicas radiográficas intraorais. Metodologia: Foram desenvolvidos dois modelos de treinamento impressos em 3D: um modelo tradicional que simula um paciente adulto sem variações anatômicas ou alterações patológicas e um modelo customizado com alterações patológicas e fisiológicas (terceiro molar impactado e região edêntula). Os alunos realizaram o treinamento pré-clínico divididos em grupo controle (GC, n = 23), que teve acesso ao modelo tradicional, e grupo teste (GT, n = 20), que teve acesso a ambos os modelos. Depois, eles realizaram um exame completo de radiografias interproximais e periapicais em pacientes e preencheram um questionário de percepção. As radiografias foram avaliadas quanto aos parâmetros técnicos. Estatística descritiva e teste de Mann-Whitney foram utilizados para comparação dos grupos. Resultados: Os alunos forneceram feedback positivo em relação ao uso da impressão 3D. O GT relatou uma experiência de treinamento mais realista que o GC (p = 0,037). Ambos os grupos demonstraram bom desempenho clínico (GC = 7,41; GT = 7,52), sem diferenças significativas entre eles. Conclusões: A tecnologia de impressão 3D permite a fabricação de simuladores para treinamento pré-clínico em Radiologia Oral, oferecendo qualidade da projeção geométrica e desempenho clínico adequado, além de reduzir o estresse dos estudantes e aumentar sua confiança durante o atendimento clínico. Além disso, a impressão 3D permite a criação de novos cenários de treinamento pré-clínico que reproduzem o ambiente clínico de forma mais realista.
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