Variação da Reflectância Espectral de Superfície em Balneário Camboriú/SC
Abstract
O presente trabalho tem como objetivo principal compreender a variação da reflectância espectral da superfície de Balneário Camboriú. Para isso, utilizou-se o sensor Landsat 5 TM e o Landsat 8 OLI para mensurar a alteração do Albedo de Superfície, Temperatura de Superfície, Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI) e Índice de Construção por Diferença Normalizada (NDBI). A partir da seleção das datas de análise disponíveis para esses sensores, tendo como critério a ausência de nuvens, foi realizado o download no site da United Service Geological Survey (USGS). Após isso, elas foram processadas no software QGIS, podendo assim, gerar o Albedo de Superfície, Temperatura de Superfície e os demais índices. A partir da aplicação metodológica foi possível mensurar alterações do comportamento espectral da superfície de Balneário Camboriú. Nesse sentido, entre 2003 e 2023 observou-se aumento de 1,70 % da média de NDVI, aumento de 0,69% da média de NDBI, aumento de 2,05% da média do Albedo de Superfície e alterações do contraste da Temperatura de Superfície ao longo do município. Não obstante, dada a verticalização acentuada do município entre 2013 e 2023, foi possível perceber queda de 3,5% da média do Albedo de Superfície na área verticalizada e alterações do contraste térmico dessa área em relação há outros bairros do município. Além disso, foi realizado análise da Temperatura de Superfície e o Albedo de Superfície da Praia da Orla Central Central de Balneário Camboriú pós engordamento artificial ocorrido no ano de 2021. A partir disso, utilizou-se o sensor Landsat 8 OLI para criar mapas de Albedo de Superfície e o sensor TIRS para a Temperatura de Superfície da área engordada. Com isso percebeu-se um aumento de 146,15% da média do Albedo de Superfície e 21,09% da média da temperatura superficial da área estendida da Praia da Orla Central de Balneário Camboriú. Essa variação positiva mostra uma alteração espectral da superfície, o que pode gerar variações térmicas, podendo impactar negativamente o conforto térmico na área da Orla Central da cidade. Nessa perspectiva, fica evidente a importância de estudos microclimáticos associados a alterações espectrais de superfície em área urbanas.
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