Flebites: caracterização e protocolo de práticas seguras para prevenção
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Date
2024-07-12Author
Antonello, Eveline do Amaral
Primeiro membro da banca
Luz, Emanuelli Mancio Ferreira da
Segundo membro da banca
Perez, Yuliett Mora
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A utilização de Cateteres Intravenosos Periféricos é indispensável no cotidiano das
práticas de enfermagem, sobretudo no ambiente hospitalar. Dentre as complicações
frequentes do seu uso encontra-se a flebite. Este estudo teve como objetivo
caracterizar as flebites e construir, de forma participativa, um protocolo que forneça
subsídios para a prevenção de flebites em pacientes hospitalizados com cateter
intravenoso periférico e para as boas práticas profissionais no contexto hospitalar.
Trata-se de uma pesquisa-ação, desenvolvida em três etapas sequenciais, no
período de junho a dezembro de 2023, em um hospital público de ensino da região
centro-oeste do estado do Rio Grande do Sul. A primeira fase foi um estudo
longitudinal prospectivo (três avaliações) com 96 pacientes hospitalizados em Pronto
Socorro e Clínica Médica. Na segunda fase, realizou-se uma observação de campo
junto à equipe de enfermagem no momento da punção venosa, do preparo e
administração dos medicamentos e, na terceira fase, quatro seminários com a
equipe de enfermagem. A população foi composta por pacientes, enfermeiros e
técnicos de enfermagem das unidades pesquisadas. Para avaliar a ocorrência e o
grau das flebites, bem como as boas práticas assistenciais, foram utilizados
instrumentos com variáveis relacionadas ao paciente, ao cateter, à flebite e às
condutas adotadas na inserção e manuseio dos cateteres. Para os seminários,
utilizou-se o Diagrama de Ishikawa para fomentar as discussões e construção do
protocolo. Para análise dos dados foi utilizada a estatística descritiva de acordo com
o tipo de variável. Como resultados, quanto à frequência e grau das flebites, na
primeira avaliação (n=96), 16,7% apresentaram flebite e 43,8% com grau I. Na
segunda avaliação (n=24), 8,3% apresentaram flebite com grau II e III. Na terceira
avaliação (n=10), um apresentou flebite em grau 3. As flebites ocorreram,
majoritariamente, no Pronto Socorro e em pacientes do sexo masculino. Quanto ao
local de inserção do cateter, predominou a veia cefálica, em uso de curativo
transparente bem aderido e sem visualização do sítio de inserção. As causas raízes
identificadas foram referentes ao desabastecimento de material; seleção,
estabilização e cobertura do cateter; pontos de assistência de higiene de mãos;
identificação e troca da cobertura do cateter, além do déficit nos cuidados com o sítio de
inserção e a remoção do cateter. A construção coletiva do protocolo possibilitou a revisão
de estratégias eficazes para a prevenção da ocorrência de novos casos de flebite pela
equipe de enfermagem e possui potencial para reduzi-la, repercutindo de forma positiva na
qualidade do cuidado prestado. O conhecimento das causas e dos motivos relacionados à
ocorrência de flebite poderá subsidiar os processos decisórios, gerenciais e assistenciais,
quanto aos investimentos em estratégias preventivas ou de mitigação de riscos no contexto
estudado
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