Efeito da inundação na sobrevivência de Conyza spp. em terras baixas e seu manejo em arroz irrigado
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Date
2024-10-04Primeiro coorientador
Bernardi, Oderlei
Primeiro membro da banca
Silva, Diecson Ruy Orsolin da
Segundo membro da banca
Agostinetto, Dirceu
Metadata
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A introdução da soja em rotação com o arroz favoreceu a presença de Conyza spp. em terras baixas. O objetivo do trabalho foi determinar o efeito da inundação na sobrevivência de Conyza spp. e identificar possíveis genes relacionados a tolerância a inundação (capítulo 1), estimar a competitividade (capítulo 2) e seu manejo químico em arroz irrigado (capítulo 3). Os experimentos do primeiro capítulo foram conduzidos em casa de vegetação em delineamento inteiramente casualizado (DIC), com três repetições. Quando os biótipos de buva estavam com 15 cm de estatura foram submetidos à lâmina de água de 4 cm durante 15 dias. Foram testados distintos biótipos de buva coletados no estado no Rio Grande do Sul. As variáveis avaliadas foram a injúria visual, estatura, massa seca de raiz e parte aérea ao final dos experimentos. Para avaliação dos genes, os tratamentos foram arranjados em esquema fatorial no qual o fator A foram os biótipos (TPA, CSL e ITQ) e o fator B o tecido amostrado (folhas novas e velhas) aos 0, 4 e 10 dias após a inundação; e foi mensurado a expressão relativa dos genes ALT2, PDC1, GLB1, SUB1A e ERF2. Os dois experimentos do segundo capítulo foram conduzidos em casa de vegetação, utilizando DIC, com quatro repetições e sob duas situações de irrigação: com lâmina de água e irrigação por aspersão. Os tratamentos foram dispostos em esquema fatorial, cujo fator A foi o momento de estabelecimento da buva em relação a cultura (antes e junto) e o fator B as populações (0, 1, 2, 4 e 8 plantas vaso-1) em convivência com uma planta de arroz. As variáveis avaliadas no arroz foram a estatura, número de folhas e perfilhos, massa seca de raiz e parte aérea. Para o terceiro capítulo, foram conduzidos dois experimentos em casa de vegetação e um experimento a campo, em delineamento de blocos ao acaso (DBA), com quatro repetições. Em casa de vegetação, os tratamentos foram dispostos em esquema fatorial, cujo fator A foi a presença ou ausência de lâmina de água após a aplicação, e o fator B os diferentes herbicidas. Para o ensaio a campo, os tratamentos foram os distintos herbicidas utilizados. Os resultados indicam que os biótipos de buva SAN, TPA, SAU, FDS e SMA4 não toleram a condição de inundação; em contrapartida BRO, CSL, ITQ, JCS, RES1, SMA1 e SMA2 toleraram a condição de inundação testada. Os genes ALAT2, PDC1, ERF2, GLB1 e SUB1A são possíveis genes candidatos a serem estudados. A presença de buva, estabelecida antes da emergência da cultura impacta negativamente o arroz. Os herbicidas florpyrauxifen-benzyl, quinclorac, triclopyr-butyl, e saflufenacil apresentaram controle da buva acima de 80%. Conclui-se que existem biótipos de buva adaptados à inundação, podendo relacionar-se à expressão de genes do metabolismo energético da planta (ALAT2, PDC1, GLB1) e etileno (ERF2 e SUB1A); a buva é mais competitiva que o arroz quando estabelecida antes da emergência da cultura; o manejo químico de buva é efetivo pela aplicação de herbicidas pós-emergentes no arroz.
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