Seleção de espécies medicinais para composição paisagística no Campus de Palmeira das Missões, RS
Abstract
O paisagismo propicia inúmeros benefícios aos usuários, como o incentivo ao convívio entre as
pessoas, aumento da agradabilidade do espaço, sendo a única expressão artística em que participam
os cinco sentidos do ser humano. Dessa maneira, deve-se pensar, para a ornamentação no
paisagismo, em introduzir espécies com diferentes funções, como as medicinais. No entanto, é
pouco comum a utilização de plantas medicinais em projetos de paisagismo de âmbito público,
entretanto essas oferecem um potencial imenso. Este trabalho buscou identificar, selecionar e
caracterizar morfologicamente espécies medicinais com potencial de composição paisagística para
utilização no campus da Universidade Federal de Santa Maria – UFSM – Palmeira das Missões, RS,
além de sugerir demarcação de canteiros de ornamentação em uma área do Campus UFSM/PM,
propondo combinações de plantas medicinais para composição nos canteiros como forma a
estimular o bem-estar da comunidade acadêmica e aproximação com a natureza. Para a seleção das
espécies medicinais, utilizou-se, como consulta, a Portaria 588/2017 da Secretaria Estadual de
Saúde/RS e duas cartilhas, buscando, assim, aquelas medicinais mais conhecidas e utilizadas pelos
gaúchos, respeitando os valores culturais da região e dando-se preferência pelas nativas medicinais,
embora uma seleção de exóticas tenha sido empregada. Apesar da importância do uso de nativas na
composição de paisagens, muitas vezes, torna-se inviável sua utilização, apesar de serem
ornamentais, o mercado não as produz, diferentemente das medicinais exóticas naturalizadas que
são fáceis de encontrar no comércio em forma de mudas. Todavia, as pesquisas mostram que as
nativas possuem grande potencial de comercialização e produção. Ainda, muito embora as
medicinais nativas sejam de fácil adaptação, temos de considerar o local onde elas estão
originalmente inseridas. Necessário que se tenha mais pesquisa de viabilidade dessas medicinais
nativas fora do seu espaço natural, por exemplo, a macela, apesar de ser a planta medicinal símbolo
do Rio Grande do Sul e possuir características ornamentais foi desconsiderada neste trabalho, pois é
uma erva anual, o seu plantio deve ser renovado a cada ano, demandando cuidado extra e
manutenção. Desse apanhado, estruturaram-se três quadros: um deles com Plantas medicinais
nativas de uso popular no Rio Grande do Sul; outro, Plantas medicinais exóticas, naturalizadas e
cultivadas mais utilizadas pela população do Rio Grande do Sul e, por fim, um terceiro quadro com
a Seleção das espécies como sugestão para a composição paisagística no campus UFSM PM. Assim
sendo, o estudo pode contribuir para incentivar o uso das plantas medicinais em projetos
paisagísticos, bem como despertar o interesse dos profissionais das áreas do paisagismo para a
possibilidade do uso na ornamentação paisagística, pois possuem potencial ornamental.
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