Avaliação dos resultados da produção hospitalar do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM) a partir do processo de contratualização
Date
2024-12-18Primeiro membro da banca
Lima, Suzinara Beatriz Soares de
Segundo membro da banca
Eberhardt, Thaís Dresch
Metadata
Show full item recordAbstract
A contratualização hospitalar com o Sistema Único de Saúde é um processo complexo que exige colaboração entre hospitais e gestores de saúde pública, estabelecendo metas, responsabilidades e critérios de remuneração para assegurar a eficiência dos recursos e a qualidade do atendimento à população. Fundamentado nesse contexto, o estudo analisou a contratualização do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM) em relação ao desempenho da produção hospitalar, no período de 2019 a 2022. Em termos metodológicos foram comparadas a execução da contratualização e o faturamento da produção hospitalar com as metas pactuadas e simulações de dois cenários financeiros com projeções até 2030, utilizando-se do modelo de estoques e fluxos. Em termos de resultados, a avaliação dos relatórios financeiros revelou discrepâncias entre as quantidades contratadas e as efetivamente realizadas. No primeiro, o financiamento Média e Alta Complexidade (MAC) foi identificado como principal suporte devido ao envelhecimento populacional e ao aumento de tratamentos complexos, enquanto o Fundo de Ações Estratégicas e Compensações (FAEC) teria uma função mais específica, sendo utilizado para emergências. E no segundo, que combinou os financiamentos, concluiu-se que o HUSM precisará expandir a infraestrutura para a alta complexidade e otimizar a média complexidade para garantir a sustentabilidade dos serviços até 2030. A partir disso, a proposta de contratualização para o HUSM focou na melhoria contínua e nas metas viáveis que atendam as condições hospitalares e o gestor local do SUS, considerando o crescimento e o envelhecimento populacional e os nascimentos alinhadas à morbidade hospitalar da população idosa de 2023 a 2030. As projeções revelam um descompasso entre o volume e os recursos destinados à média e alta complexidade, com a média complexidade absorvendo 75% dos procedimentos e 48% dos recursos, enquanto a alta complexidade concentra 52% dos recursos em 25% dos procedimentos. Esses desajustes indicam a necessidade de políticas institucionais que promovam o equilíbrio entre metas, recursos, capacitação, ensino, pesquisa e atendimento à população. Esses resultados poderão subsidiar os gestores no processo de contratualização, garantindo a eficiência dos recursos financeiros e operacionais e preservando a qualidade dos serviços. Esse enfoque gerencial também possibilita os gestores monitorarem e adaptarem continuamente o desempenho, contribuindo para a eficiência nos serviços de saúde.
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