Efeitos de um programa de treinamento muscular do assoalho pélvico no pré-operatório de prostatectomia radical sobre incontinência urinária
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Date
2024-09-30Primeiro coorientador
Pivetta, Hedioneia Maria Foletto
Primeiro membro da banca
Zanella, Angela Kemel
Segundo membro da banca
Ferreira, Fernanda Vargas
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O câncer de próstata (CP) é o tipo mais comum de câncer na população masculina.
Homens acima de 55 anos, principalmente, estão mais propensos à doença. A
Prostatectomia Radical (PR) é um procedimento curativo para pacientes com o câncer,
porém, tem um risco de algumas complicações, como a incontinência urinária (IU). A
Fisioterapia Pélvica tem como objetivo de tratamento a normalização da função dos
músculos do assoalho pélvico. Assim, este estudo teve como objetivo avaliar os efeitos
de um programa pré-operatório de treinamento dos músculos do assoalho pélvico
(TMAP) sobre a IU de pacientes submetidos a tratamento cirúrgico para o CP. Para isso,
foi desenvolvido um ensaio clínico randomizado. A coleta de dados foi realizada no
Ambulatório de Fisioterapia do Hospital Universitário de Santa Maria. A população foi
constituída por homens adultos e idosos que foram submetidos ao tratamento cirúrgico
para CP. Os pacientes foram divididos em dois grupos: GPP (grupo pré e pósoperatório), que realizou o TMAP no período pré e pós-operatório e GP (grupo pósoperatório), que fez o TMAP apenas no período pós-operatório. Foram incluídos
homens entre 55 e 80 anos de idade com câncer de próstata localizado. Foram
excluídos pacientes com câncer metastático. Os instrumentos para coleta de dados
foram uma Ficha de caracterização da amostra; Mini Exame do Estado Mental para
rastreio de de déficits cognitivos; International Consultation on Incontinence
Questionnaire - Short Form (ICIQ-SF), para caracterizar as perdas urinárias e seu
impacto na qualidade de vida; Male Genital Self-Image Scale, que avalia a autoimagem
genital de homem e o Expanded Prostate Cancer Index Composite (EPIC), para a
avaliação do impacto da prostatectomia radical na qualidade de vida de pacientes com
CP Os pacientes com cirurgia agendada em menos de quatro semanas foram alocados
no grupo GP, realizando o TMAP apenas no pós-operatório. Já aqueles com cirurgia
prevista para mais de quatro semanas foram colocados no grupo GPP, realizando o
TMAP tanto no pré quanto no pós-operatório. Foram avaliados 8 pacientes, 4 no GP e
4 no GPP. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os
grupos quanto ao impacto do programa pré-operatório de TMAP sobre a incontinência
urinária. Embora os escores do ICIQ-SF (p = 0,317) e do MGSIS (p = 0,109) não tenham
mostrado reduções significativas, o EPIC indicou uma tendência de melhora, com o
escore total e as subescalas EPIC UI e EPIC UI/O sugerindo um possível benefício do
programa de Fisioterapia sobre a IU de pacientes submetidos a tratamento cirúrgico
para o CP.
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