Análise da relação entre gestação e infecção pela covid-19
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Date
2024-02-20Primeiro membro da banca
Padoin, Stela Maris de Mello
Segundo membro da banca
Vieira, Letícia Becker
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OBJETIVO: analisar a relação da infecção pela COVID-19 com desfechos clínicos e
obstétricos de gestantes em internação hospitalar. METODOLOGIA: estudo quantitativo
documental retrospectivo e analítico. O cenário foi a Unidade de Vigilância em Saúde, a
Unidade de Saúde da Mulher e a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Universitário
de Santa Maria. As fontes de informação para coleta de dados se deram por boletins
epidemiológicos internos, relatórios internos e prontuário eletrônico de gestantes com
diagnóstico positivo para COVID-19 que foram internadas na Unidade de Saúde da Mulher ou
UTI do HUSM no período de 2020 a 2022. A amostra constitui-se de 126 gestantes infectadas
pela COVID-19 internadas. Os dados foram coletados de abril a junho de 2023 a partir do
formulário via google forms de autoria própria. Após, o banco de dados gerado pelo google
forms foi analisado estatisticamente pelo software Statistical Package for the Social Sciences.
RESULTADOS: Os dados descritivos evidenciaram que 50,4% das gestantes apresentou idade
gestacional maior que 37 semanas, possuem condições de morbidade relacionada à obesidade
(22,2%), diabetes gestacional (19,8%), Hipertensão Arterial Crônica (19%) e pré-eclâmpsia
(12%). Houve realização de cesárea de emergência em 43,7% dos casos. Sobre os recémnascidos, 46,8% foram a termo, 30,2% foram amamentados na primeira hora de vida e 41,3%
vivenciaram o contato pele a pele. A maioria dos casos foi assintomático e apenas 27% das
gestantes foram vacinadas. Houve a necessidade de utilização de suporte ventilatório em 10,3%
dos casos, internação na UTI COVID-19 de 4,8%, com mediana de 14 dias de permanência.
Dessas, 3,2% utilizaram ventilação invasiva e 2,4% necessitam de manobra de prona. A maioria
das gestantes (97,6%) teve como desfecho a alta hospitalar. A análise das variáveis constatou
que gestantes com tosse tiverem 12% e com dispneia 26,1% a mais de chances de ter um tempo
de internação prolongado ou risco de internação em UTI. A hipertensão arterial foi a morbidade
materna estatisticamente significativa para o aumento no tempo de internação. Tanto a
Síndrome Gripal Coronavírus quanto a Síndrome Respiratória Aguda Grave possuem relação
significativa com a internação da população analisada em UTI. A SRAG tem relação com casos
de prematuridade e redução de contato pele a pele e amamentação na primeira hora de vida.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: As gestantes são um grupo vulnerável para COVID-19 e
podem apresentar desfechos negativos podendo culminar na saúde do feto/RN. Espera-se
investimento na qualificação profissional com evidências atualizadas para manejo deste grupo;
fomento na formação acadêmica com base teórica e reflexiva; bem como futuras pesquisas para
identificar casos de síndrome da COVID-19 longa e como se darão o crescimento e
desenvolvimento de crianças em que as mães tiveram infectadas na gestação.
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