Otimização bioeconômica do regime de manejo para Eucalyptus grandis W. Hill no estado do Rio Grande do Sul
Fecha
2015-03-05Metadatos
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O objetivo do presente estudo é elaborar Diagramas de Manejo da Densidade para Eucalyptus grandis W. Hill, que servirão de modelos auxiliares para estabelecer a variação de densidade adequada, e a faixa de manejo, para condução de povoamentos juntamente com a avaliação econômica dos regimes de manejo empregados. Para área de estudo foram utilizados povoamentos em densidade completa em espaçamentos reduzidos, localizados nas mesorregiões Centro Oriental Rio-grandense e Metropolitana de Porto Alegre do Estado do Rio Grande do Sul. Dos modelos de densidade testados, o de Tang apresentou boa precisão, com coeficiente de determinação ajustado de 0,74 e coeficiente de variação de 3,17%, que serviu de modelo base para determinação dos índices de densidade do povoamento, zonas de concorrência, construção dos Diagramas de Manejo da Densidade e a dimensão do diâmetro médio no momento que inicia o autodesbaste para uma densidade de árvores implantadas por hectare. Comprovou-se que o valor do coeficiente angular calculado para o modelo de Tang, foi diferente do proposto por este autor, com valor de -3/2 da lei de autodesbaste. Observou-se que a dimensão de diâmetro médio no momento em que ocorre o início do autodesbaste, com a supressão de indivíduos da população, varia, consideravelmente com a densidade de árvores de plantio. Preferencialmente, deve-se conduzir a trajetória de desenvolvimento da densidade de árvores por hectare logo abaixo a linha de máxima densidade, onde ocorre a linha de iminente mortalidade. Tendo como referência o diâmetro padrão de 25 cm obtiveram-se 5 curvas de Índices de Densidade do Povoamento que descreveram curvas proporcionais entre si com tendências de decréscimo exponencial das frequências de indivíduos por hectare com o incremento diamétrico. Os diagramas de manejo da densidade com as variáveis diâmetro médio, área basal, volume por índice de densidade do povoamento permitiram boas estimativas volumétricas por hectare em relação aos volumes reais com eficiência de 0,95, indicando boa precisão. Das distribuições de probabilidade testadas, a função de Weibull 2 parâmetros descreveu com acurácia a frequência dos diâmetros no tempo, e a reestimativa dos seus parâmetros, permitiu as distribuições de frequência por classe diamétrica e por conseguinte desenvolvimento real do povoamento. A função de forma de tronco selecionada foi a de Hradetzky com coeficiente de determinação ajustado de 0,98 e coeficiente de variação de 8,43%, gerando por meio de sua integração os volume estimados de todo o fuste e de partes dele. O Valor Presente Líquido de R$ 12.372,35 ha-1 foi determinado para o regime de manejo com três desbastes, aos 52,8; 85,4 e 121,8 meses e corte raso aos 185,1 meses, superior aos demais regimes simulados. O Valor Anual Equivalente foi positivo e viável economicamente para todos os regimes testados, o mais atrativo foi o regime onde ocorreram dois desbastes aos 52,8; 85,4 meses e corte raso aos 121,8 meses com Valor Anual Equivalente de R$1.550,78 ha-1. A taxa interna de retorno foi atrativa em qualquer dos regimes de manejo simulados, variando de 6,48 % a.a. em povoamentos sem desbaste e corte raso aos 52,8 meses a 25,31 % a.a. em povoamentos manejados com desbastes aos 52,8; 85,4 meses e corte raso aos 121,8 meses. A maior razão benefício sobre os custos foi de 3,15, obtida no regime de manejo com dois desbastes, aos 52,8; 85,4 meses e corte final aos 121,8 corroborando com os critérios Valor Anual Equivalente e Taxa Interna de Retorno.