Gestão dinâmica do risco de mercado com modelo Cópula-GARCH
Abstract
O presente trabalho visa analisar a eficiência da abordagem de gestão de risco de
mercado baseada no modelo Cópula-GARCH. Para tanto são usados dados referentes às
cotações diárias dos mercados Norte Americano, Alemão, Australiano, Brasileiro,
Honconguês e Sul Africano, considerando o período referente à Julho de 2002 até Junho de
2012, totalizando dez anos de observações. Os resultados permitem concluir que existem
agrupamentos de volatilidade ao longo das séries durante as crises do sub-prime e da dívida
Europeia. Mercados desenvolvidos apresentam menores níveis gerais de oscilação do que
emergentes. Houve incremento gradual no nível de correlação dinâmica par a par dos
mercados analisados, com níveis gerais entre 0,3 e 0,6. VaRs dinâmicos computados
acompanharam a evolução dos retornos, não excedendo o número esperado de violações, ao
contrário das estimativas de VaR estáticas. Mercados desenvolvidos apresentam aumento na
razão ótima de hedge a partir da crise do sub-prime, enquanto para os mercados emergentes
muitas razões ótimas mantiveram-se nos mesmos patamares. Razões estáticas não
acompanharam a evolução dos mercados. É identificado predomínio da cópula t de Student no
relacionamento entre risco e retorno. Todavia não é possível inferir a existência de uma
associação explícita. Os testes de mudança estrutural indicaram quebras nas volatilidades no
início da crise do sub-prime, enquanto para correlações não há homogeneidade de quebras
nem de datas. Existem padrões nas participações que não são acompanhadas pelos pesos
estáticos dos ativos na composição da carteira construída. Durante todo o período amostral a
volatilidade do portfolio dinâmico foi menor que a do estático, especialmente em períodos de
maior turbulência, com reduções de até 50%. Testes revelam que a volatilidade obtida com
estratégia baseada no modelo Cópula-GARCH é menor que aquelas referentes às abordagens
estática e dinâmica efetuada através do modelo DCC-GARCH.