Micropropagação e aclimatização de plântulas de morangueiro do clone Ivahé
Date
2009-02-27Metadata
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Este trabalho teve como objetivos testar diferentes concentrações de sais e de sacarose no meio de cultura e sistemas de aclimatização para a produção de mudas matrizes de morangueiro. Foi conduzido um experimento no Laboratório de Melhoramento e Propagação Vegetativa de Plantas e
dois em abrigo telado, no Departamento de Fitotecnia da UFSM, entre fevereiro e novembro de 2008. No primeiro experimento, foram comparadas as concentrações de sacarose de 15, 30, 45 e 60g/L e de sais de ½, ¾ e 1 MS, em esquema fatorial 3x4 no delineamento inteiramente casualizado, com cinco repetições de cinco plântulas. Foram realizadas duas avaliações, uma na saída das plântulas
do laboratório e outra após a aclimatização. Na primeira avaliação foi determinada a sobrevivência de plântulas, altura da parte aérea, número de raízes, comprimento da maior raiz e número de folhas. Na segunda avaliação essas determinações foram repetidas e foi também determinada a matéria seca de planta. No segundo experimento, foi determinado o efeito das concentrações de sais e sacarose
no crescimento inicial das plantas matrizes. Foram utilizadas seis plântulas de cada concentração de meio empregadas no experimento anterior. Foi determinado o número de dias do transplante ao início do estolonamento, o número de folhas, número de estolões, diâmetro da coroa e matéria seca de
plantas 30 dias após a aclimatização. No terceiro experimento, foram comparados os sistemas de aclimatização constituídos por bandejas alveoladas de poliestireno de 128 células com substrato orgânico, bandejas não alveoladas de polietileno com areia e bandejas não alveoladas com uma
placa de poliestireno flutuante na solução nutritiva. O delineamento inteiramente casualizado foi empregado, com quatro repetições de 10 plântulas. Foi determinada a sobrevivência de plântulas, altura da parte aérea, número de raízes, comprimento da maior raiz, número de folhas e matéria seca de parte aérea e de raízes. No primeiro experimento, na primeira avaliação somente o número de folhas mostrou diferença significativa, sendo mais elevado na concentração 1 MS. Na segunda avaliação, a altura da parte aérea foi maior na concentração 1 MS, sem diferença de ¾ MS. No
segundo experimento, o comprimento da maior raiz foi superior no tratamento ¾ MS, que não diferiu de ½ MS. A matéria seca e o número de folhas das plantas matrizes foram superiores quando as plântulas foram enraizadas na concentração de sacarose de 45gL e 1 MS de sais. Com relação aos sistemas de aclimatização, a altura da parte aérea e o número de folhas foram mais elevados no
sistema de aclimatização em bandejas alveoladas com substrato, enquanto a matéria seca da parte aérea e das raízes foram superiores no sistema de bandejas não alveoladas com areia. Concluiu-se que para o clone Ivahé, a concentração de sais pode ser reduzida de 1 MS para ¾ MS e que a concentração de sacarose pode ser aumentada de 30 g/L para 45 g/L. Quanto aos sistemas de aclimatização, as bandejas alveoladas de poliestireno com substrato orgânico e as bandejas não alveoladas de polietileno com areia podem ser empregadas para aclimatizar plântulas do clone Ivahé.