Uma abordagem para um ambiente pervasivo voltado ao cuidado de pacientes com demência em ambientes de homecare
Abstract
A crescente quantidade de pessoas idosas vem exigindo cada vez mais infraestrutura dos
sistemas de saúde atuais devido, principalmente, à alta incidência de doenças associadas ao
perfil idoso. Dentre elas, uma das mais preocupantes é a demência, uma síndrome que afeta
progressivamente as funções cognitivas e motoras dos pacientes, os quais tornam-se dependentes
de cuidados e monitoramento constantes. O cuidado em homecare pode ser uma alternativa
interessante para evitar um possível colapso hospitalar, proporcionando cuidados aos pacientes
em sua própria casa. No entanto, o ambiente domiciliar pode se tornar complexo, visto que
muitas vezes o cuidador é alguém da própria família e que não possui a técnica correta de monitoramento
ou esta desatento em função do desgaste provocado pelo intenso cuidado ao paciente.
Assim, torna-se necessário o desenvolvimento de soluções que diminuam a sobrecarga do cuidador,
ao passo em que o paciente continue sendo monitorado. Uma maneira de viabilizar tais
soluções é através da aplicação de conceitos de computação pervasiva em ambientes domiciliares.
Através de um ambiente povoado de sensores e de outros dispositivos computacionais, o
paciente pode ser monitorado constantemente e tal ambiente pode se adaptar às necessidades
deste usuário, antecipando-se a situações de acordo com o contexto atual. Para isso, é necessário
que o contexto seja representado de maneira clara e com a semântica de suas entidades
bem definida. Considerando isso, o presente trabalho apresenta uma abordagem para ambientes
pervasivos voltados ao cuidado de pacientes com demência em ambientes de homecare.
Tal abordagem é composta por uma arquitetura para o desenvolvimento de sistemas pervasivos,
bem como uma ontologia para representação do conhecimento de ambientes pervasivos
direcionados a pacientes com este perfil. Acredita-se, com a modelagem proposta, presevar a
autonomia dos pacientes, bem como estimular suas funções cognitivas remanescentes, além de
diminuir a sobrecarga sofrida por seus cuidadores.