Formas de alumínio em solo submetido a diferentes manejos e rotações de culturas
Date
2012-09-28Metadata
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A utilização de diferentes sistemas de preparo do solo e de cultivos de plantas de inverno por um longo período de tempo sobre um solo argiloso e naturalmente ácido pode promover alterações nas formas de alumínio no solo, reduzindo a possibilidade de toxidez às culturas principais. O objetivo do presente trabalho foi avaliar as diferentes formas de alumínio em um Latossolo Vermelho aluminoférrico em um experimento conduzido pelo IAPAR (no sudoeste do Paraná) por 23 anos. Na região que originalmente era coberta pela Mata Atlântica, avaliou-se dois sistemas de preparo do solo (Sistema de Plantio direto (SPD) e Sistema de Cultivo Convencional (SCC)) utilizando-se o cultivo de seis diferentes espécies de planta de inverno (tremoço azul, ervilhaca peluda, aveia preta, nabo forrageiro, trigo e pousio) em sequência às culturas de soja e de milho no verão. Em outro de 2009 realizou-se a coleta das amostras de solo em cinco diferentes profundidades (0-5, 5-10, 10-20, 20-30 e 30-40 cm). Determinou-se as formas de alumínio presente no solo com o uso de diferentes extratores: Oxalato de amônio 0,2M e ditionito-bicarbonato de sódio para avaliação das formas de alumínio presentes a fração mineral do solo; Cloreto de potássio 1M para determinação da forma trocável de alumínio no solo; Cloreto de Cobre 0,5M e Cloreto de lantânio 0,33M para avaliação das forma de alumínio complexados pelos sítios ativos da MOS, além do Pirofosfato de sódio 0,1M. Neste trabalho foram empregados três diferentes métodos de determinação do teor de alumínio nos extratos: titulometria por NaOH 0,0125M e retrotitulação, espectroscopia de absorção atômica (EAA) e por eletrodo seletivo de íons fluoreto (ESIF), sendo que os três métodos apresentaram limitações. Na avaliação dos sistemas de preparo do solo e das culturas no sistema de rotação utilizou-se o método do Eletrodo Seletivo de Íons Fluoreto para determinação do teor de alumínio nos diferentes extratores. O uso de um manejo que promova a manutenção dos teores de matéria orgânica e da biomassa do solo, com SPD e plantas de cobertura, não reduziram a disponibilidade de alumínio trocável no solo, sendo a estrutura mineral deste (argilominerais 1:1 e óxidos de ferro e alumínio), uma fonte deste elemento, podendo causar toxidez às plantas. Os teores de alumínio não trocável, organicamente complexado nas camadas superficiais do solo foram maiores para os tratamentos com ervilhaca, nabo e pousio sob SPD.