Repercussões, maternas e perinatais, da assistência fisioterapêutica à gestante durante o trabalho de parto.
Fecha
2013-11-27Metadatos
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Introdução: A gestação e o parto são considerados fenômenos complexos e importantes para a mulher e a sua família, uma vez que envolvem aspectos psicológicos, físicos, sociais, econômicos e culturais. Na assistência ao parto verifica-se, atualmente, a falta de atitudes, comportamentos e tomadas de decisão que beneficiem a dinâmica materno-fetal, independentemente das intervenções médicas e de enfermagem que eventualmente ocorram. Sendo assim, observando-se a complexidade de acontecimentos e modificações que a gestante vivencia durante a gestação e, principalmente, durante o parto, acredita-se que uma maior ênfase deveria ser dada à perspectiva multidisciplinar e multiprofissional dessa assistência, visando uma maior possibilidade de alcance da integralidade do cuidado. Neste sentido, salienta-se a importância da inserção do fisioterapeuta na equipe obstétrica, podendo contribuir de forma significativa para o alívio da dor, orientando sobre as diferentes posturas que podem ser adotadas, sugerindo exercícios e padrões respiratórios mais adequados dentre outros aspectos. Objetivos: Avaliar a influência da intervenção fisioterapêutica na progressão da fase ativa do parto, na percepção dolorosa ao longo do trabalho de parto, na vitalidade fetal e no uso da Eletroestimulação Transcutânea durante o trabalho de parto. Metodologia: Fizeram parte do estudo 80 parturientes divididas em três grupos, Controle (n=40), Experimental com uso de Eletroestimulação Transcutânea (EET, n=20) e o Experimental sem o uso de EET (n=20). Os dois grupos experimentais receberam atendimento fisioterapêutico durante o trabalho de parto e parto, porém em um deles ocorreu o uso da EET juntamente com as demais técnicas de fisioterapia. Enquanto o GC recebeu os cuidados de rotina da unidade de internação obstétrica. Todas as participantes receberam orientações gerais sobre o trabalho de parto e parto prestadas pela fisioterapeuta. Resultados: observou-se que houve uma diminuição de, aproximadamente, duas horas no tempo de fase ativa nas parturientes do GE, com e sem EET, com relação ao GC, bem como uma menor percepção dolorosa ao longo do trabalho de parto, porém não se observou diferença significativa com relação a vitalidade dos recém-nascidos nos três grupos. Conclusão: Os resultados permitem concluir que a assistência fisioterapêutica contribuiu para um menor tempo de trabalho de parto sem influenciar na vitalidade conceptual ao nascimento; que ocorreu uma diminuição na percepção dolorosa das gestantes sob intervenção fisioterapêutica, durante a fase ativa do trabalho de parto (TP); que as parturientes dos GE, com e sem EET, mostraram-se mais tranquilas, confiantes e participativas durante o período de TP, embora esta tenha sido uma observação empírica; que o uso da EET não influenciou no tempo de TP assim como na vitalidade fetal ao nascimento.