Influência da densidade e espaçamento em duas cultivares de soja no manejo de Phakopsora pachyrhizi
Abstract
Na situação atual, o Brasil possui cultivares com potencial de rendimento de grão de 6.000 Kg.ha-1. No entanto, devido a uma série de fatores, como, arranjo de plantas, o ambiente e as práticas de manejo, a produtividade na média nacional está em torno de 3.000 kg.ha-1. Debortoli et al. (2006) ressaltam que a distribuição mais adequada de plantas na área proporciona maior retenção e eficiência fotossintética das folhas, principalmente no dossel inferior, devido à constante interceptação de radiação, bem como penetração e cobertura do fungicida, refletindo em incremento de produtividade. O objetivo é avaliar a influência do espaçamento entre linhas em relação a diferentes densidades de plantas, em diferentes cultivares de soja, no manejo da ferrugem asiática. A necessidade de se obter conhecimento específico em relação ao arranjo de plantas ideal para cada cultivar, justifica a realização deste trabalho. Os espaçamentos entre linhas foram de 30, 45 e 60cm, e a densidade foi de 150, 250 e 350 pl.ha-1 para cada espaçamento entre linha. Esses arranjos de plantas foram realizados para duas cultivares de soja. Cada cultivar foi um experimento bifatorial 3x3, totalizando 18 tratamentos. As variáveis avaliadas foram: número de gotas por cm2, percentual de cobertura e volume de calda por papéis hidrossensíveis, área abaixo da curva de progresso da doença, componentes do rendimento, além do rendimento de grãos (kg.ha-1). Os menores espaçamentos e as menores densidades proporcionaram maior penetração de gotas. As cultivares apresentaram comportamento diferente na penetração de gotas. As densidades maiores obtiveram maior IAF. A AACPD foi maior nas densidades maiores. No espaçamento de 30 cm a AACPD foi menor. O número de nós por planta foi maior nas menores densidades. A produtividade foi maior nas menores densidades. Na cultivar NA 5909 RR o espaçamento de 30 cm obteve maior produtividade. Portanto, o aumento do espaçamento pode ser considerado uma pratica de manejo para doenças desde que seja mantido o número de plantas linear.