Quantificação de biomassa e de carbono orgânico na regeneração natural de floresta ombrófila mista - Nova Prata, RS
Date
2004-07-26Metadata
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Este trabalho teve como objetivos desenvolver modelos
matemáticos que descrevam, através de equações, o volume de biomassa
e a concentração de carbono orgânico da regeneração natural de Floresta
Ombrófila Mista. Para alcançar os objetivos foram instaladas duas
unidades amostrais de 10m de largura por 50m de comprimento,
totalizando 1000m2. Cada unidade foi subdividida em 5 subunidades de
10 x 10m. A biomassa foi quantificada por área amostrada, sendo que os
indivíduos foram divididos em três categorias: plântula (plantas com
altura superior a 0,50m, CAP < 3cm), regeneração 1 (CAP ≥ 3 e <15cm)
e regeneração 2 (CAP ≥15 e < 30cm). Os dados foram coletados de
forma destrutiva. Além dos pesos de cada fração (fuste, galhos, folhas,
raízes e miscelânea), foram mensurados o CAP, alturas total e do
primeiro galho vivo, diâmetro da copa e a cubagem do fuste. A
serapilheira fina foi determinada em áreas de 1m2, e a grossa em 9m2 em
cada subunidade. Para a determinação da biomassa seca e do teor de
carbono, foram coletadas amostras de cada fração, que foram secas em
estufas com temperatura de 75oC até atingirem peso constante. Para
verificar as relações entre as variáveis de biomassa úmida e as
dendrométricas, foram utilizados o Coeficiente de Correlação de Pearson
e a análise gráfica. Na verificação da adequacidade dos modelos de
biomassa úmida, foram analisadas as estatísticas do coeficiente de
determinação, erro padrão da estimativa, valor de significância de F,
valor de t para os coeficientes e distribuição dos resíduos. Na construção
de modelos para quantificação da biomassa seca, utilizou-se o peso da
biomassa úmida como variável independente. Na verificação da
adequacidade dos modelos de biomassa seca, foram analisadas as
estatísticas do coeficiente de determinação, erro padrão da estimativa e
análise gráfica dos resíduos. Para a construção dos modelos (biomassa
úmida e seca), adotou-se o procedimento estatístico stepwise, no qual as
variáveis independentes potenciais foram selecionadas para um nível de
5% de probabilidade. Para verificar se os valores observados diferiram
significativamente dos valores estimados, utilizou-se o teste do χ2. As
equações para estimar a biomassa úmida apresentaram bom ajuste com
altos valores de coeficiente de determinação, baixo erro padrão da
estimativa e boa distribuição dos resíduos. A biomassa seca apresentou
relação linear ou quadrática em relação à biomassa úmida e as equações
apresentaram bom ajuste, com altos valores de coeficiente de
determinação, baixo erro padrão da estimativa e boa distribuição entre os
valores observados e ajustados. Na estimativa do carbono orgânico
utilizaram-se os teores médios encontrados nas amostras como fator de
multiplicação. O total de biomassa da regeneração natural foi de
31.629,600 kg/ha, (regeneração 2 representou 46%, regeneração 1, 45%
e plântulas, 9%), e a serapilheira acumulou 26.606,000 kg/ha, (54%
corresponde à serapilheira fina e 46% á grossa). A regeneração
acumulou, 7.517,869 kg/ha de carbono orgânico, (regeneração 2
contribuiu com 46,61%, regeneração 1 com 44,41% e plântulas com
8,98%) e a serapilheira estocou 5.509,067 kg/ha. Analisando-se os três
estratos conjuntamente, a fração do fuste contribui com 52,43% do
carbono orgânico estocado; galhos 22,66%; raízes 17,39%; folhas 5,27%;
e miscelânea com 2,25%.