Influencia da idade de rebrota sobre o potencial nutricional do feno de quicuio (pennisetum clandestinum) consumido por ovinos
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Data
2007-02-26Autor
Chiesa, Andrea Paola Ruggia
Segundo membro da banca
Symonds, Pablo Chilibroste
Metadata
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Este estudo foi conduzido com o objetivo de avaliar a mudança na composição química do feno de quicuio (Pennisetum clandestinum) cortado com 50, 70 e 90 dias de rebrota, e, avaliar seu efeito sobre o consumo, digestão,
fermentação ruminal, a taxa de passagem da digesta pelo trato digestivo (Experimento 1) e a utilização do oxigênio pelo sistema portal em ovinos (Experimento 2). No 1º experimento, foram utilizados seis ovinos machos castrados, com peso vivo (PV) médio de 35± 3 kg, num delineamento duplo quadrado Latino 3 X 3, e no 2º experimento foram utilizados três ovinos machos castrados com PV de 33 ± 3 kg. Nestes animais foram implantados catéteres permanentes nas veias porta e mesentérica. As dietas experimentais foram constituídas de feno fornecido duas vezes ao dia em quantidades suficientes para haver sobras de 10 a 20% do oferecido. O consumo dos vários componentes do feno diminuíram linearmente com
o avanço da idade de rebrote da planta (P<0.05), com exceção dos consumos de fibra em detergente neutro indigestível (FDNi), fibra em detergente neutro (FDA) e
celulose, que foram similares nos diferentes tratamentos (P<0.05). A digestibilidade aparente da matéria seca (MS), matéria orgânica (MO), FDN assim como a digestibilidade verdadeira da MO, não foram influenciados pela idade de rebrote da planta. O consumo e a retenção de nitrogênio (N) diminuíram linearmente (P<0,05) com o aumento da idade de rebrote da planta, mas a digestibilidade e a excreção
urinária de N foram similares entre os tratamentos. A síntese protéica microbiana e a eficiência microbiana variaram quadraticamente (P<0,05). A concentração de aminoácidos foi similar, mas a concentração de amônia diminuiu linearmente e, as concentrações de açúcares e peptídeos assim como o pH, variaram quadraticamente (P<0,05), com o aumento da idade de rebrota da forrageira, sendo os máximos valores observados nos animais que receberam feno de 70 dias de rebrote. Os parâmetros de cinética de passagem foram similares nos diferentes tratamentos. Dos parâmetros que definem o valor nutritivo da forragem, apenas o consumo foi relacionado com a idade de rebrota da planta. No entanto, esta relação não foi explicada nem pela taxa de passagem da digesta pelo trato digestivo nem pela digestibilidade da forragem. A produção de calor portal representou 4 a 5% do
consumo da EM do feno, mas não houve uma relação clara entre gasto de oxigênio e idade de rebrota da planta. Os resultados indicam que fatores não dietéticos, como a disponibilidade de oxigênio, também podem afetar a utilização deste metabólito pelos tecidos.