Antipsicóticos em efluente hospitalar: ocorrência, método cromatográfico, avaliação de risco e ozonização
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2018-09-06Metadatos
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Resíduos de fármacos psicoativos em amostras ambientais têm recebido grande
atenção nos últimos anos, devido ao elevado consumo, aos impactos que podem causar
aos ecossistemas e, também, à saúde humana. Os objetivos deste estudo consistem
em estabelecer métodos cromatográficos por meio de HPLC-DAD-FLD e LC-ESI-MS,
verificar a ocorrência de seis fármacos antipsicóticos (risperidona, olanzapina,
haloperidol, clozapina, clorpromazina e pimozida) em efluente hospitalar, avaliar o risco
preliminar ecotoxicológico e propor processos avançados de oxidação para a
degradação dos analitos na matriz de efluente hospitalar. Inicialmente, os
procedimentos de extração em fase sólida e microextração líquido-líquido dispersiva
foram otimizados através de planejamentos experimentais e, posteriormente, os
procedimentos foram validados conforme recomendado por normativas nacionais e
internacionais. Ambos os procedimentos de extração demonstraram boa linearidade,
limites de quantificação <1,4 μg L-1, boa exatidão (recuperações de 70,2% a 101,2%)
com RSD<20%, curvas analíticas com distribuição normal, homocedástica e resíduos
independentes para todos analitos. Os procedimentos de extração foram aplicados para
a quantificação dos seis antipsicóticos estudados durante uma semana de coleta, na
qual olanzapina, clozapina, haloperidol, risperidona e clorpromazina foram encontrados
em, pelo menos, um ponto de coleta. A avaliação preliminar do risco ecotoxicológico foi
feita através do quociente de risco e, os analitos clozapina, clorpromazina e risperidona,
apresentaram risco elevado. Para o estudo da degradação dos antipsicóticos foram
utilizados os processos de fotólise e ozonização. Em ambos os processos, a
degradação dos antipsicóticos selecionados foi avaliada em efluente hospitalar com
diferentes valores de pH (5, 7 e 9), durante 60 min. Quando comparadas as eficiências
dos processos pode-se concluir que os antipsicóticos apresentam maior degradação
utilizando-se ozonização; e a degradação de todos os compostos ajustou-se à cinética
de pseudo-primeira ordem em ambos os processos. Para o processo de fotólise, o
antipsicótico que apresentou a menor taxa de degradação foi a clozapina, e, a
clorpromazina, foi o antipsicótico degradado com maior eficiência, sendo que, para esse
processo, o tempo de meia-vida dos analitos variou de 6,3 a 43,3 min. Quando aplicada
a ozonização, os antipsicóticos clozapina e olanzapina demonstraram maior e menor
taxa de degradação, respectivamente, e os tempos de meia-vida variaram de 3,9 a 15,1
min. Assim, os processos avançados de oxidação demonstram ser alternativas (prée/
ou pós-tratamento) pertinentes à remoção de resíduos de antipsicóticos da matriz
efluente hospitalar, uma vez que, tais psicofármacos apresentam propriedades de
persistência, bioacumulação e toxicidade à organismos não-alvo.
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