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dc.creatorPires, Helaysa Kurtz Gressler
dc.date.accessioned2019-07-19T19:28:31Z
dc.date.available2019-07-19T19:28:31Z
dc.date.issued2015-06-25
dc.identifier.urihttp://repositorio.ufsm.br/handle/1/17510
dc.description.abstractThis work presents the results in progress of an ethnography realizedin 2012-2015 in a temple [terreiro] of ”esoteric” umbanda [umbanda esotérica] in the inlands of Rio Grande do Sul, South of Brazil, and aims to reflect on its manifest contradictions around systematizing and practising mediumship. Understood as a relation between material/body and spirit, we‟ve been confronted to a variety of dualisms - that disjoin them -, and dualities, that articulate them in a tension. The fieldwork display a dualistic discourse that establishes a hierarchy, in which the spiritual is clearly privileged on the material, although the practices – incorporation experiences – lead us to question and rethink this hierarchy, in re-considering them as dualities. In these conditions, the interpretation of this religious system as a “therapeutic pattern”seems pertinent, since practices can result in healing, or produce transformation and “metamorphosis”. This interpretation leads to the secular distinction between science and religion. These questions also appear in the ethnographical encounter of the researcher/practicing umbandista, in between its research‟s experiences and its religious‟ ones. As a result, our hypothesis is that these metamorphoses are unrolled via a process given by “a spiritualization of the material” and a “materialization of the spiritual” that release a set of strangeness states inherent to the liminalities existing in the mediums‟ status changes. These changesmake them face themselves with their own limits. These status changes, beyond the transformations of the medium they provoke, also launch changes in the terreiro‟s community, inviting us to reflect about the concept of communitas. This process is described in the first part, when we expose the context in which the terreiro was created, its foundation by a medium become a cacique-chief [cacique-chefe] and the construction of its physical space by the members of the group. This religious leader‟sideological orientations, and consequently, the community‟s ones, are described in their context in the second part, when we trace the terreiro‟s genealogy. The several umbandasthat compose its origins denote an ideological quarrel for its legitimacy through cosmologies affiliated either to kardecist discourses, either to afro-braziliantraditions. In the light of this, the group created this image of “umbanda of knowledge” [umbanda do conhecimento], promoting studies that, in tension with practice, defy them for an articulation of the “doctrines” [doutrinas] and “having one's feet firmly on the ground » [pé no chão do terreiro]. This challenge is quite similar to the “magic of the anthropologist” as elaborated by VagnerGonçalves, a theoretical explanation of what the former are learning observing terreiros.Learning, studying, experiencing are summed in the fourth part, leading us to the interpretation of the given experiences through mediumshipas “pattern of healing”, through which the medium turn himself into its agent. From this, we elaborated the idea of “estar no corpo” as a process of metamorphosis in which materiality and spirituality seem to transform the sufferingin something making the medium prosper. We conclude opening our interpretations to the technical aspect of the experiences, as “estar no corpo” [being in the body] include as much singular responses to “ser o corpo” [being the body], as it makes of the body a handling object - “ter um corpo” [having a body] -by a “bodily technic”.eng
dc.description.sponsorshipFundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul, FAPERGS, Brasilpor
dc.languageporpor
dc.publisherUniversidade Federal de Santa Mariapor
dc.rightsAttribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International*
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/*
dc.subjectUmbanda esotéricapor
dc.subjectConhecimentopor
dc.subjectExperiênciapor
dc.subjectEtnografiapor
dc.subjectEsoteric umbandaeng
dc.subjectKnowledgeeng
dc.subjectExperienceseng
dc.subjectEthnographyeng
dc.titleDualismos e dualidades nas experiências umbandistas em um terreiro no Rio Grande do Sulpor
dc.typeDissertaçãopor
dc.description.resumoEste trabalho é resultado de uma etnografia, realizada num terreiro de Umbanda Esotérica no interior do Rio Grande do Sul, durante os anos de 2012 e 2013, e busca refletir sobre as contradições entre sistematizar e praticar a mediunidade. Percebendo-a como uma relação entre matéria/corpo e espírito nos defrontamos com os dualismos, que efetuam uma separação entre ambos, e com as dualidades, que os articulam em uma tensão. Em campo, observamos um discurso dualista que estabelece uma hierarquia na qual o espiritual é superior ao material, enquanto suas práticas – as experiências da incorporação – nos levam a questionar e repensar tal hierarquia, percebendo-as como dualidades. Sendo assim, interpretamos este sistema religioso também como um modelo terapêutico, já que suas práticas provocam curas, transformações, metamorfoses. Esta interpretação parece por em questão a distinção secular entre ciência e religião. Tal questionamento está presente no encontro etnográfico das experiências da pesquisa com as experiências religiosas de uma pesquisadora/nativa. Em vista disso, trabalhamos com a hipótese das metamorfoses serem iniciadas por um processo de espiritualização do material e materialização do espiritual que desencadea uma série de estranhamentos inerentes as liminaridades presentes nas trocas de estatutos dos médiuns, colocando-os frente aos seus próprios limites. Estas mudanças de estatuto, além de transformarem o próprio médium, provocam mudanças no coletivo do terreiro, levando-nos a refletir sobre o conceito de “communitas”. Descrevemos tal processo, na primeira parte desta dissertação, quando expomos o contexto no qual se insere o terreiro, sua fundação a partir de um médium que se torna “cacique-chefe” e a construção e transformações no espaço físico do grupo. O posicionamento deste líder religioso e do seu grupo, frente ao seu contexto, é descrito na segunda parte, quando traçamos uma genealogia do terreiro. Ao analisar sua origem, encontramos múltiplas umbandas que disputam ideologicamente por sua legitimidade através de cosmologias que se filiam ora a discursos Kardecistas, ora a tradições africanas. Desse modo, o grupo cria para si a imagem de “Umbanda do conhecimento”, promovendo estudos que, tensionados com a prática, desafia este grupo a articular as “doutrinas” ao “pé no chão do terreiro”. Este desafio se parece muito com aquele que Vagner Gonçalves Silva elabora como “A magia do antropólogo” ao tentar explicitar teoricamente o que estes aprendem no estudo em terreiros. O aprender, o estudar e o experimentar somam-se a quarta parte desta escrita e levam-nos a interpretar as experiências dadas pela mediunidade neste terreiro como um modelo de cura em que o doente torna-se agente dela. Dessa forma, elaboramos a ideia de “estar no corpo” como um processo de metamorfose em que a materialidade e a espiritualidade parecem se articular para transformar o sofrimento em algo que faz o médium prosperar. Por fim, abrimos nossas interpretações apontando para o aspecto técnico das dualidades e dos dualismos nas experiências, pois “estar no corpo” engloba tanto respostas singulares de “ser o corpo”, como também o torna um objeto manipulável – “ter um corpo” – por uma técnica do corpo.por
dc.contributor.advisor1Garrabe, Laure Marie-Louise Clemence
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/5974645781230294por
dc.contributor.referee1Lewgoy, Bernardo
dc.contributor.referee1Latteshttp://lattes.cnpq.br/3088318037496321por
dc.contributor.referee2Brites, Jurema Gorski
dc.contributor.referee2Latteshttp://lattes.cnpq.br/8793702457056201por
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/6007784755020197por
dc.publisher.countryBrasilpor
dc.publisher.departmentSociologiapor
dc.publisher.initialsUFSMpor
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Ciências Sociaispor
dc.subject.cnpqCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::SOCIOLOGIApor
dc.publisher.unidadeCentro de Ciências Sociais e Humanaspor


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