Fatores de risco associados à Síndrome de Burnout em servidores da Universidade Federal de Santa Maria
Resumo
A Síndrome de Burnout é considerada como um esgotamento físico e mental provocado por condições de trabalho desgastantes que levam o trabalhador ao adoecimento. Autores destacam que as variáveis ocupacionais dos indivíduos podem contribuir para o desenvolvimento da Síndrome. Neste sentido, o objetivo deste estudo foi analisar os fatores de risco associados ao desenvolvimento da Síndrome de Burnout em docentes e técnicos administrativos da Universidade Federal de Santa Maria. Para tanto, foi realizada uma pesquisa descritiva, quantitativa e de levantamento, com 556 docentes e 955 técnicos administrativos da UFSM. Para a realização do presente estudo, foram aplicados dois instrumentos de pesquisa, o primeiro composto pelos dados sócio demográficos e sócio profissionais dos respondentes e, o segundo, pela escala de Síndrome de Burnout (MBI-GS) de Tamayo (2002). A análise dos dados foi realizada por meio de frequências relativas e absolutas, teste de Mann Whitney e Kruskal Wallis e regressão logística. A partir dos resultados foi possivel verificar, no modelo de regressão logística univariado, que ter idade entre 23 e 35 anos diminui em 49,80% a chance do docente e 43,00% do técnico administrativo apresentarem exaustão emocional, comparado com indivíduos maiores de 56 anos e que, em relação ao tempo de serviço, os docentes e TAEs que apresentaram tempo de 0 a 10 anos de instituição, possuem 42% e 36%, respectivamente, menos chance de ter exaustão emocional quando comparados com docentes e TAEs que apresentam 21 ou mais anos de serviço. A partir dos resultados foi possível verificar que os docentes e TAEs que estão trabalhando há menos tempo na instituição, possuem menos exaustão emocional, ou seja, apresentam, em menor nível, sensações como a falta energia, fadiga, sobrecarga e esgotamento moral, físico, emocional e psicológico.
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