Avaliação da ativação plaquetária em pacientes com Diabetes Mellitus tipo 2 e sua associação com a resistência à insulina
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2016-12-16Metadatos
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A incidência de diabetes mellitus (DM) tem aumentado, tornando-se um problema de saúde pública global. Aproximadamente 415 milhões de pessoas em todo o mundo tem DM, causando complicações crônicas incluindo alterações no estado de homeostase sanguínea. No DM ocorrem distúrbios circulatórios devido a hiperreatividade das plaquetas, aumento da adesão, ativação e agregação plaquetária, resultando na liberação do conteúdo dos grânulos alfa, incluindo β-Tromboglobulina (βtg) e fator-4-plaquetário (CXCL4), bem como de tromboxano B2 (TxB2). A resistência à insulina (RI) tem se mostrado como preditora do DM e aterosclerose, bem como de doenças cardiovasculares. Um dos métodos utilizados para a avaliação da RI é através do índice de HOMA (Homeostasis model assessment). Esse trabalho objetivou verificar alterações na coagulação através da determinação das concentrações de fibrinogênio, D-dímeros e ativação plaquetária (TxB2, βtg e CXCL4) e associar com o índice de HOMA em pacientes diabéticos tipo 2 (DM2) recentemente diagnosticados. Foram recrutados 38 pacientes recentemente diagnosticados e não tratados com DM2 e 38 indivíduos saudáveis. Esses pacientes foram estratificados nos seguintes quartis de HOMA: HOMA-1 (0,89 a 1,77), HOMA-2 (1,77 a 5,26), HOMA-3 (5,26 a 11,32) and HOMA-4 (11,32 a 18,56). Níveis de fibrinogênio e D-dimeros foram dosados através de imunoturbidimetria, enquanto TxB2, βtg e CXCL4 foram quantificados por técnica de ELISA de acordo com as recomendações do fabricante. De acordo com os resultados os valores de HOMA foram positivamente correlacionados com TxB2 (r = 0,75, p <0,001), βtg (r = 0,75, p <0,001), CXCL4 (r = 0,68, p <0,001), fibrinogênio (r = 0,54, p <0,001) e D-Dímero (r = 0,52, p <0,001). Além disso foi observado um aumento dos níveis destes marcadores nos quartis mais elevados de HOMA. Estes achados sugerem que pacientes recentemente diagnosticados com diabetes apresentam resistência à insulina a qual está relacionada com alterações na homeostase sanguínea e na liberação de componentes de grânulos de plaquetas capazes de estimular a resposta celular que pode causar aterosclerose. Em conclusão, pode ser sugerido que níveis elevados de HOMA podem servir como alerta para possíveis complicações na homeostase sanguínea e no metabolismo lipídico em pacientes diabéticos recentemente diagnosticados e que poderá causar complicações futuras que impactarão na qualidade de vida destes pacientes.
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