Fatores de risco cardiovascular modificáveis em docentes de uma universidade pública do sul do Brasil
Resumen
Atualmente, percebe-se como é grande o impacto dos hábitos pessoais e
do estilo de vida na saúde das pessoas. Também já é sabido que as doenças
cardiovasculares (DCV) representam um importante problema de saúde pública. O
contexto acadêmico, que é o foco deste estudo, parece ser um ambiente estressor por
excelência, por isso há a necessidade de avaliar a saúde dos professores de forma
integral. Nesse propósito, o objetivo deste estudo foi analisar a prevalência dos fatores
de risco cardiovascular modificáveis, em docentes de uma Instituição Federal de Ensino
Superior do Sul do Brasil. Fizeram parte da amostra, calculada de forma a ser
representativa da população de professores da Instituição, 280 docentes. A presença de
fatores de risco cardiovascular modificáveis, foi avaliada tendo-se como base a Tabela
de Risco de Framingham e outras duas perguntas foram criadas tomando como
parâmetro as questões do questionário “Estilo de Vida Fantástico - QEVF”, enfocandose
as variáveis de tabagismo (fumo) e nível de atividade física (NAF). Os resultados
demonstraram que dos 280 docentes participantes, 48% (n=134) eram homens e 52%
(n=146) mulheres O intervalo de idade mais frequente foi entre 40-44 anos
representando 18% (n=51) do total de participantes, seguido de 45-49 anos marcando
17% (n=48). Através do IMC pode-se observar que a frequência de eutrofia, sobrepeso
e obesidade grau I foi de 50% (n=63), 35% (n=44) e 12% (n=15), respectivamente, no
sexo masculino, apresentando maiores valores em relação ao sobrepeso quando
comparado ao sexo feminino. Já para as mulheres, os valores de eutrofia, sobrepeso e
obesidade grau I foram de 58% (n=83), 29% (n=42) e 7% (n=10). Dentre as frequências
de tabagismo (fumo) e diabete mellitus, encontrou-se valores bastante positivos para ambos os sexos, visto que a maioria dos participantes não fumam e não tem diabetes
mellitus, em ambos os sexos. Para o colesterol o intervalo de < 160 mg%, apontando
como baixo risco cardiovascular, foi o segundo mais relatado pelos homens e o
primeiro entre as mulheres. Já para pressão arterial não tratada, o valor < 120 mmhg foi
apontado em terceiro lugar pelos homens, representando o primeiro entre as mulheres.
Quanto ao nível de atividade física, a grande maioria dos homens e mulheres são ativos.
Assim, conclui-se que de forma geral, a amostra estudada apresenta uma baixa de
fatores de risco modificáveis e a maioria tem conhecimento sobre a sua saúde.
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