Coping e engajamento no trabalho da enfermagem hospitalar.
Resumo
A presente pesquisa correlaciona as estratégias utilizadas para enfrentar as situações de estresse no trabalho (Coping Ocupacional) e o Engajamento no Trabalho. Participaram da pesquisa 250 profissionais da enfermagem de um hospital escola, sendo 83% do sexo feminino, com idades entre 23 e 64 anos. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa, com Parecer CAAE: 73711417.4.0000.5346. A coleta de dados foi efetuada no próprio local de trabalho. Os instrumentos utilizados foram a Escala de Coping Ocupacional e a Escala de Avaliação do engajamento das pessoas com seu trabalho, além de um questionário desenvolvido pela pesquisadora e validado por dois pesquisadores independentes. Tratou-se de uma pesquisa exploratória, de cunho quali-quantitativa. Os dados foram analisados no programa SPSS versão 2.0. Utilizou-se a estatística descritiva, com médias e desvio padrão e o coeficiente de correlação de Pearson (r). As correlações foram positivas fracas e significativas para Coping Planejamento e Coping Total com o Engajamento fator Vigor, Dedicação, Concentração e com Engajamento Total. Quanto a Coping Emoções Negativas ao correlacionar com Engajamento, as correlações foram positivas fracas e significativas com Vigor, Dedicação e com Engajamento Total. Os resultados demonstraram a existência de relação entre as variáveis, foi detectado baixo índice de Engajamento Total no trabalho, ressaltando a importância em investir no desenvolvimento dos aspectos que o compõem como forma de fortalecimento das estratégias de Coping Ocupacional. O estudo qualitativo demonstrou que os participantes apresentam elevado índice de estresse e buscam formas para enfrentar e superar situações estressoras, com destaque para o equilíbrio emocional, espiritual, auxílio de colegas e as capacitações, inclusive citaram que por vezes chegam ao ponto de necessitar auxílio psicológico e médico. Os resultados demonstraram que há relação entre os aspectos em estudo, pois pessoas engajadas ampliam seu repertório de Coping. Conclui-se que são necessários mais estudos de intervenção sobre a temática. Os aspectos que precisam ser desenvolvidos são ações de tratamento e prevenção, além de capacitações e o desenvolvimento interpessoal.
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