Instituições de longa permanência para idosos e condições de vida e saúde de seus trabalhadores e residentes
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Fecha
2019-08-27Primeiro membro da banca
Delboni, Miriam Cabrera Corvelo
Segundo membro da banca
Santos Filha, Valdete Alves Valentins dos
Terceiro membro da banca
Areosa, Silvia Virginia Coutinho
Quarto membro da banca
Filippin, Nadiesca Taisa
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Esta pesquisa objetivou analisar as condições estruturais/prestação de serviços das/nas Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI) da 4ª Coordenaria Regional de Saúde/RS, bem como as condi-ções de vida/saúde de seus trabalhadores e idosos. Foram incluídas 11 ILPI de oito municípios da região, 86 dos 318 trabalhadores e 94 dos 522 residentes encontrados. Identificou-se que 100% das ILPI pos-suem alguns quartos sem banheiro; 72,7% têm área externa e sala administrativa; 54,5% possuem refei-tório e sala de apoio; 45,5% têm quartos com mais de quatro leitos e 36,4% têm sala ecumênica. A vulnerabilidade social foi o critério admissional prevalente (36,4%); a maioria dos idosos foi trazida por familiares (69,2%) e a morte foi a principal causa de saída (100%). A manutenção das ILPI se dá por aposentadoria (extrapolando os 70% regulados), parcerias e doações. Lazer/cultura ocorrem em 72,7%; em 27,3%, há registro de visitas e 9,1% das ILPI possuem atuação junto às famílias. Em 27,3% têm recursos humanos para lazer, limpeza, alimentação, lavanderia e cuidadores; 63,3%, médicos e técnicos de enfermagem; 72,7%, enfermeiros. Em 63,3%, há trabalhadores realizando atividades mistas, pois há falta de terapeutas constatada em 100% das ILPI. São as principais dificuldades dos gestores os recursos financeiros/a dependência de doações (81,8%) e rigor da vigilância sanitária/cumprimento de normas (63,6%). Quanto aos trabalhadores das ILPI, 82,6% eram do sexo feminino, idade média de 41,57(±9,89) anos, casados (47,6%), com filhos (76,7%), católicos (59,3%), 2º grau completo/incom-pleto (26,7%), área da enfermagem (41,9%), em cursos de atualização (59,3%), tempo de trabalho su-perior a cinco anos (36%), atuando 8h/dia (33,7%), uma folga/semana (39,5%), exclusivo da ILPI (70,9%), remuneração de 1 e 1/2 salários mínimos (61,6%). A maioria tem experiência prévia com ido-sos (59,3%) e trabalham em equipe (89,5%). Na qualidade de vida (QV) dos trabalhadores, o melhor domínio foi o físico (74,3±15,14) e o pior, o ambiente (61,23±13,89). Dos idosos, 58,4% eram mulheres, idade média 76,8 anos; 31,1% apresentaram grau de dependência I, 33,9% grau II e 35%, grau III. Com relação aos idosos independentes, com deambulação e cognitivo preservados, constataram-se: predomi-nância masculina (70,2%), idade média de 73,64 (±8,58) anos, sem companheiros (95,7%), com filhos (54,3%), baixa escolaridade (86,2%), profissão rural (36,2%), católicos (81,3%), praticantes da religião (74,5%), com patologias crônicas (69,1%), ansiedade mínima/leve (84%) e sem depressão (62,8%). Principal motivo da institucionalização foi ser sozinho (37,2%). Nos residentes há menos de dois anos (40,4%), a satisfação com a ILPI teve nível “bom” (57,4%), com atendimentos de saúde prestados (61,7%), com relacionamento com trabalhadores (55,4%) e moradores (56,4%). 77,7% recebiam visitas; 95,7% fizeram amizades; 57,4% realizavam mais de três atividades/dia. 74,5% sentiam-se felizes e 55,3% pretendiam sair do local. O domínio com maior pontuação, na QV, foi o social e menor, o ambi-ente. Os fatores interferentes na QV foram: idade, prática da religião, níveis de ansiedade e depressão, tempo de institucionalização, satisfação com a ILPI e atendimentos de saúde, relação com trabalhadores e residentes, amizades/inimizades, tempo ocupado/ocioso e sentimentos sobre institucionalização (feli-cidade, arrependimento e desejo de sair). Conclui-se que as ILPI cumprem parcialmente os critérios da Resolução de Diretoria Colegiada nº 283/2005. Os trabalhadores e idosos apresentam QV razoável, sendo que o ambiente deve ser prioridade nas ações de promoção de QV destes.
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