Aspectos patológicos e imuno-histoquímicos de neoplasmas em ovinos
Visualizar/ Abrir
Data
2021-02-12Primeiro membro da banca
Fernandes, Cristina Gevehr
Segundo membro da banca
Flores, Mariana Martins
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Neoplasmas em ovinos são infrequentes, e a prevalência dos diferentes subtipos histológicos
de tumores pode variar bastante entre as diferentes regiões geográficas. Na literatura, há poucos
estudos de caracterização que investiguem a prevalência e detalhem os aspectos patológicos e
imuno-histoquímicos das doenças neoplásicas nesta espécie. Desta forma, o objetivo deste
estudo foi determinar a prevalência de neoplasmas em ovinos no Laboratório de Patologia
Veterinária (LPV) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), durante 40 anos (1980-
2019) e caracterizar os seus aspectos macroscópicos, histopatológicos e imuno-histoquímicos.
Informações referentes ao perfil dos animais (idade, raça e sexo), alterações clínicas,
macroscópicas e histológicas foram coletadas dos laudos de necropsias e exames
histopatológicos com diagnóstico de neoplasias. Durante este período, 35 ovinos (1,8%) foram
acometidos por neoplasmas, sendo a maioria classificados como malignos (30/35). Em geral, o
tumor mais prevalente foi o carcinoma de células escamosas (17/35) e afetou principalmente o
sistema tegumentar (10/17). Outros tipos de neoplasmas ocorreram menos frequentemente,
afetando diferentes sistemas orgânicos e compreenderam em ordem decrescente: linfoma
(7/35), adenocarcinoma intestinal (3/35), fibroma (3/35), carcinoma hepatocelular (1/35),
colangiocarcinoma (1/35), fibrossarcoma (1/35), papiloma (1/35) e fibropapiloma ruminal
(1/35). Na histologia, os neoplasmas de origem epitelial se caracterizaram por células cúbicas
ou poliédricas arranjadas em ilhas, fitas, cordões, ninhos, ácinos ou ductos. Tumores de origem
mesenquimal ou de células redondas apresentaram células fusiformes ou redondas dispostas em
feixes ou em manto. Alguns tipos histológicos, como o colangiocarcinoma e o fibrossarcoma,
apresentaram alterações macroscópicas e histológicas particularmente incomuns. A técnica de
imuno-histoquímica foi realizada principalmente em tumores malignos e permitiu determinar a
origem das células neoplásicas em alguns casos, o que auxiliou na confirmação do diagnóstico.
Por meio desse estudo, foi possível conhecer a prevalência de neoplasias em ovinos na rotina
de um laboratório de patologia veterinária em 40 anos de diagnóstico. O estudo também
permitiu caracterizar os aspectos anatomopatológicos e imuno-histoquímicos desses
neoplasmas, fornecendo informações novas e relevantes para o diagnóstico de neoplasias na
espécie ovina.
Coleções
Os arquivos de licença a seguir estão associados a este item: