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dc.creatorPuli, Gislaine
dc.date.accessioned2021-07-31T18:49:41Z
dc.date.available2021-07-31T18:49:41Z
dc.date.issued2021-03-05
dc.identifier.urihttp://repositorio.ufsm.br/handle/1/21674
dc.description.abstractEndemic to southern South America, the family Aeglidae Dana, 1852 comprises only one current genus, Aegla Leach 1820, which has 89 described species. The eglids are distributed in Brazil, Argentina, Bolivia, Chile, Paraguay and Uruguay, in all the main hydrographic basins, being the only anomurans that exclusively inhabit freshwater environments, occurring mainly in rivers and streams. They play an important role in the trophic web and nutrient cycling, constituting an important component freshwater ecosystems’ fauna. However, eglids are the most threatened freshwater decapods in South America, with 70% of the species threatened with extinction, mainly attributed to the high rate of endemism in association with the degradation of aquatic ecosystems. In addition to habitat degradation, another important threat to eglids is climate change, which remains poorly studied for the group. This study investigated the processes related to the diversification and distribution of eglids in the past and the present, as well as the potential effects of future climate changes on the distribution of the genus and the species Aegla platensis and Aegla obstipa, which have wide and restricted distributions, respectively, aiming to contribute to the conservation of freshwater fauna. In chapter I, we evaluate the effects of future climate changes, generating ecological niche models for the present and for the years 2040, 2060, 2080, and 2100, for the genus Aegla, covering its entire area of distribution, and for the species A. platensis and A. obstipa. We also evaluated the efficiency of the environmental Protection Areas (PAs) to preserve the eglids, overlapping polygons from these areas on the generated models and quantifying the coverage of environmental suitability areas. The models indicated a decrease in the areas of potential distribution for Aegla, the disappearance of these areas in 2040 and 2060 for A. obstipa, and changes in reach for A. platensis, suggesting potential negative effects of climate change on the distribution of eglids, which are more severe for species with restricted distribution. The PAs showed low conservation effectiveness for the group, both in the present and in the future projections. This result highlights the importance of considering different taxa and the impacts of future climate change on the distribution of species for PA planning to improve the conservation of freshwater biodiversity. Chapter II investigated the biogeographic history of A. platensis integrating phylogeographic methods using mitochondrial markers and ecological niche modeling for past periods (Pleistocene: Last Interglacial and Last Glacial Maximum and Medium Holocene) and the present. The Pleistocene’s climatic oscillations showed signifiant influence in the diversification of A. platensis, which may be related to changes in aridity and humidity. The Last Interglacial’s mild and humid climate created favorable conditions for the diversification and colonization of new areas, in contrast to the cold and dry climate of the Last Glacial Maximum, which created adverse conditions for the species. Also, several events of dispersion and vicariance contributed to the current distribution of A. platensis. Since the Wolbachia bacterium infects many groups of arthropods, interfering in the mitochondrial DNA polymorphism and confusing the evolutionary inferences based on this marker, in chapter III, we investigated whether the eglids are hosts for Wolbachia. We obtained evidence against bacterium’s presence in the genus Aegla, an important finding that justifies the use of mitochondrial DNA in phylogeographic analyses. This dissertation’s data emphasize the urgent need to take measures for the conservation of eglids and freshwater fauna in general.eng
dc.description.sponsorshipConselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPqpor
dc.languageporpor
dc.publisherUniversidade Federal de Santa Mariapor
dc.rightsAttribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International*
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/*
dc.subjectConservaçãopor
dc.subjectÁgua docepor
dc.subjectGlaciaçãopor
dc.subjectMudanças climáticaspor
dc.subjectConservationeng
dc.subjectFreshwatereng
dc.subjectGlaciationeng
dc.subjectClimate changeseng
dc.titleFilogeografia e modelagem de nicho ecológico de Aegla Leach 1820 (Crustacea, Anomura): um olhar sobre o passado e projeções para o futuropor
dc.title.alternativePhylogeography and ecological niche modelling of Aegla Leach 1820 (Crustacea, Anomura): a look at the past and projections for the futureeng
dc.typeDissertaçãopor
dc.description.resumoEndêmica do sul da América do Sul, a família Aeglidae Dana, 1852 é composta por apenas um gênero atual, Aegla Leach 1820, que possui 89 espécies descritas. Os eglídeos estão distribuídos pelo Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai, em todas as principais bacias hidrográficas, sendo os únicos anomuros que habitam exclusivamente ambientes de água doce, ocorrendo principalmente em rios e riachos. Desempenham um importante papel na teia trófica e na ciclagem de nutrientes, constituindo um importante componente da fauna dos ecossistemas dulcícolas. Contudo, os eglídeos são os decápodes de água doce mais ameaçados da América do Sul, com 70 % das espécies ameaçadas de extinção, o que é atribuído principalmente à alta taxa de endemismo em associação com a degradação dos ecossistemas aquáticos. Outra importante ameaça aos eglídeos são as mudanças climáticas, as quais permanecem pouco estudadas para o grupo. Este estudo investigou os processos relacionados à diversificação e distribuição de eglídeos no passado e no presente, assim como os potenciais efeitos das mudanças climáticas futuras na distribuição do gênero e das espécies Aegla platensis e Aegla obstipa, que possuem distribuição ampla e restrita, respectivamente, visando contribuir para a conservação da fauna de água doce. No capítulo I, avaliamos os efeitos das mudanças climáticas futuras, gerando modelos de nicho ecológico para o presente e para os anos de 2040, 2060, 2080 e 2100, para o gênero Aegla, cobrindo toda a sua área de distribuição, e para as espécies A. platensis e A. obstipa. Avaliamos ainda a eficiência das áreas de Proteção Ambiental (PAs) para a preservação dos eglídeos, sobrepondo polígonos dessas áreas sobre os modelos gerados e quantificando a cobertura das áreas de adequação ambiental. Os modelos apontaram diminuição das áreas de distribuição potencial para Aegla, desaparecimento dessas áreas em 2040 e 2060 para A. obstipa, e mudanças de alcance para A. platensis, sugerindo potenciais efeitos negativos das mudanças climáticas sobre a distribuição dos eglídeos, mais severos para espécies com distribuição restrita. As PAs mostraram baixa eficácia de conservação para o grupo, tanto no presente quanto nas projeções para o futuro. Este resultado evidencia a importância de considerar diferentes táxons e os impactos das mudanças climáticas futuras sobre a distribuição das espécies para o planejamento de PAs, a fim de melhorar a eficiência de conservação da biodiversidade de água doce. No capítulo II, investigamos a história biogeográfica de A. platensis integrando métodos filogeográficos usando marcadores mitocondriais e de modelagem de nicho ecológico para períodos passados (Pleistoceno: Último Interglacial e Último Máximo Glacial e Holoceno médio) e para o presente. As oscilações climáticas do Pleistoceno mostraram grande influência na diversificação de A. platensis, o que pode estar relacionado às mudanças na aridez e na umidade. O clima ameno e úmido do Último Interglacial criou condições favoráveis à diversificação e colonização de novas áreas, contrastando com o clima frio e seco do Último Máximo Glacial, que criou condições adversas para a espécie. Além disso, vários eventos de dispersão e vicariância contribuíram para a atual distribuição dessa espécie. Devido ao fato de a bactéria Wolbachia infectar muitos grupos de artrópodes, interferindo no polimorfismo de DNA mitocondrial e confundindo as inferências evolutivas feitas com base nesse marcador, no capítulo III investigamos se os eglídeos são hospedeiros de Wolbachia. Obtivemos evidências contra a presença da bactéria no gênero Aegla, um dado importante que justifica a utilização de DNA mitocondrial nas análises filogeográficas. Os dados desta dissertação enfatizam a necessidade urgente de tomadas de medidas para a conservação de eglídeos e da fauna de água doce em geral.por
dc.contributor.advisor1Santos, Marlise Ladvocat Bartholomei
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/8931396120785208por
dc.contributor.advisor-co1Santos, Sandro
dc.contributor.advisor-co1Latteshttp://lattes.cnpq.br/2397252405405950por
dc.contributor.referee1Zimmermann, Bianca Laís
dc.contributor.referee2Costa, Gabriel Corrêa
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/9360845638423409por
dc.publisher.countryBrasilpor
dc.publisher.departmentCiências Biológicaspor
dc.publisher.initialsUFSMpor
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Biodiversidade Animalpor
dc.subject.cnpqCNPQ::CIENCIAS BIOLOGICASpor
dc.publisher.unidadeCentro de Ciências Naturais e Exataspor


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