Metabolismo hepático e sua influência no desempenho reprodutivo em bovinos
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Data
2020-02-21Primeiro membro da banca
Barreta, Marcos Henrique
Segundo membro da banca
Mesquita, Fernando Silveira
Terceiro membro da banca
Emanuelli, Mauren Picada
Quarto membro da banca
Ramos, Adriano Tony
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A eficiência reprodutiva é o parâmetro que mais afeta a produtividade e a lucratividade dos sistemas de produção de bovinos de corte e de leite, e a maioria das perdas gestacionais ocorre precocemente, no primeiro trimestre da gestação. Nessa tese buscou-se avaliar parâmetros do metabolismo nutricional e hepático e a influência de comprometimento hepático na taxa de concepção em bovinos. No primeiro estudo foi relacionado a condição nutricional e as variáveis metabólicas e sua relação com os índices reprodutivos, observando que as variáveis metabólicas influenciam o desempenho reprodutivo desde o período de transição e que maiores concentrações de ureia sanguínea estão relacionadas a animais com maior número de inseminações e maior intervalo entre parto e concepção (100-150 dias e mais de 150 dias de intervalo). Além disso, o retorno precoce a ciclicidade não garante um menor intervalo entre parto e concepção. No segundo estudo, o objetivo foi avaliar os parâmetros hepáticos e sua influência no reconhecimento materno da gestação em bovinos de corte com ingestão natural de Senecio spp. As vacas foram divididas em dois grupos: o grupo 1 apresentando GGT menor que 30 U/L e o grupo 2 apresentando GGT acima de 31 U/L. Para avaliar a saúde hepática, foi utilizada a concentração sanguínea de GGT aliada à exames citológicos e histopatológicos que identificaram megalocitose, células binucleadas e outros achados sugestivos de seneciose. A taxa de prenhez, o diâmetro do CL e a concentração de progesterona foram maiores nas vacas do grupo 1. Também, foi observado que não houve diferença nos escores de condição corporal entre os grupos. Algumas vacas apresentaram um CL grande na avaliação ultrassonográfica, alta concentração de progesterona e alta expressão de mRNA de ISG15 no Dia 19, e foram diagnosticadas vazias no dia 45, o que sugere a ocorrência de perda embrionária após o Dia 19, permitindo a identificação de outras causas de mortalidade embrionária relacionadas a insuficiência do corpo lúteo. Em conclusão, apesar dos diferentes níveis de lesão hepática não alterarem a percepção da condição corporal, comprometeram a disponibilidade de progesterona necessária para a sobrevivência embrionária, prejudicando o reconhecimento materno da gestação. Dessa forma, a funcionalidade hepática é determinante da eficiência reprodutiva, que traduz a condição nutricional e metabólica do animal.
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