Língua, sujeito e história: um estudo discursivo sobre as posições-sujeito da pesquisadora Neusa Martins Carson
Visualizar/ Abrir
Data
2020-02-28Primeiro membro da banca
Scherer, Amanda Eloina
Segundo membro da banca
Schneiders, Caroline Mallmann
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Esta Dissertação tem como objetivo analisar as posições-sujeito assumidas por Neusa Martins Carson – linguista santa-mariense que teve uma importante contribuição para a Linguística das Línguas Indígenas da América do Sul – em artigos publicados em revistas científicas, nas décadas de 1970 e 1980, disponíveis no fundo documental que compõe o Centro de Documentação e Memória da UFSM, em Silveira Martins. Nosso estudo justifica-se pela importância de recuperar os trabalhos desenvolvidos pela referida pesquisadora, pois constituem a História das Ideias Linguísticas e a história da Linguística no Sul do Brasil, contribuindo assim para a compreensão dos processos de produção do conhecimento linguístico no século XX. Propomos uma articulação entre Análise de Discurso e História das Ideias Linguísticas, já que é nesse entremeio que nos constituímos teórica e metodologicamente; para tanto, mobilizamos as noções de condições de produção e circulação do saber sobre a Língua Indígena; produção e divulgação do saber a partir de revistas; língua, sujeito e história; arquivo, arquivos pessoais; e posição-sujeito. E, ainda, no dispositivo analítico, procuramos estabelecer alguns recortes discursivos que nos possibilitaram a realização do gesto de interpretação sobre o objeto, a fim de refletirmos sobre o sujeito “linguista-pesquisador”. Em nossas análises, a partir da produção do conhecimento promovida por Neusa Martins Carson, é possível observar o funcionamento do seu discurso em diferentes materialidades, relacionando um momento histórico anterior com um momento histórico posterior: o online. Visto que relacionamos as posições-sujeito assumidas com os artigos por ela publicados, destacamos dentre essas posições: professora, linguista e militante da causa indígena. A linguista foi interpelada a trabalhar com a Língua Macuxi de Roraima e a investir naquilo que acreditava ser importante, contemplando assim, os processos de produção do conhecimento, numa defesa constante daquilo que acreditava: no sujeito índio, no seu território, na sua língua e na sua cultura.
Coleções
Os arquivos de licença a seguir estão associados a este item: