Pistas, saídas, fugas e suspeições da escola como agenciamento de uma matriz discursiva da vulnerabilidade
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Data
2020-07-31Primeiro membro da banca
Mossi, Cristian Poletti
Segundo membro da banca
Costa, Joacir Marques da
Metadata
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Esta Dissertação de Mestrado está vinculada ao PPGE - Programa de Pós-Graduação em Educação, do CE - Centro de Educação, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), à Linha de Pesquisa LP3 - Educação Especial, inclusão e diferença, e ao GEPE - Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação Especial e Inclusão, e tem como temática pensar a vulnerabilidade no campo da Educação, em tempos de inclusão. Como problemática de investigação estabeleceu-se a seguinte pergunta: Como um discurso-noção de vulnerabilidade pode se constituir em uma matriz de experiência enunciativa agenciada na escola para situar sujeitos-escolares? E, como objetivo geral: Analisar como as políticas de Estado e as produções científicas podem produzir um discurso-noção numa matriz discursiva da vulnerabilidade, que configura estratégias para agenciar na escola, a produção dos sujeitos-escolares/vulneráveis. Os objetivos específicos da pesquisa, se constituíram a partir dos passos metodológicos que, de forma intensiva e conectiva, orientaram a realização de um levantamento de dados em alguns documentos: os político-legais – as políticas de Estado – e as produções científicas. Foi dessa conexão que foram aproximando as possibilidades de nomear discursivamente a vulnerabilidade no presente. A opção de desenvolvimento da pesquisa com inspiração na filosofia contemporânea, também possibilitou a análise situando a produção da verdade como contingente e ligada às condições históricas do presente. O percurso que gerou o substrato analítico, por sua vez, entrelaçou alguns operadores (GALLO, 2006), numa rede de pensamentos, em que os operadores-conceituais permitiram, pela apropriação de algumas noções, um modo de organizar o pensamento para pensar a vulnerabilidade. Essas noções vieram de autores contemporâneos, entre eles: Deleuze e Guattari. Ainda, os operadores-procedimentais, por noções para buscar operar em meio a resolução da questão de investigação e dos objetivos, que foram construídos pelos conceitos-ferramentas de análise, e que se aproximaram daquilo que foi sendo identificado ao longo da/na investigação e da/na produção da materialidade analítica. Os operadores procedimentais se deslocaram do pensamento de Foucault como um modo de operar as análises, a partir de conceitos assinados por ele, sendo: saber e poder. Com isso, a produção da materialidade analítica, a partir dos materiais, resultou em dois focos analíticos: o da experiência enunciativa da matriz discursiva da vulnerabilidade, e o da escola como agenciamento da matriz discursiva da vulnerabilidade. Assim, foi possível sistematizar uma breve conclusão em que territorialidade, desterritorialização e ritornelos de reterritorialização foram os ‘espaços’ em que situou, a partir das pistas identificadas, os movimentos de: acontecimentos discursivos de políticas de Estado, que foram organizados nas unidades analíticas risco, exclusão e carência, e nas relações das produções científicas conectadas às políticas de Estado, que foram organizados nas unidades analíticas o individual, o social e o institucional; e, acontecimentos de pensamento produzidos pelos movimentos de investigação a partir da identificação de uma política de verdade que situa uma condição imanente de saber e de poder, quais sejam: [marginalização à saúde, a escola e a justiça]; [tentativa de apagamento das desigualdades sociais]; [processo de desresponsabilização do Estado]. Ainda, a identidade que inventa, move e transforma na escola, por meio de seu [juízo consensual de práticas educacionais para...] o/a [professor/a/sujeito/produto].
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