O problema da distanásia à luz da discussão bioética atual
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Data
2021-02-26Primeiro membro da banca
Williges, Flavio
Segundo membro da banca
Chagas, Flávia
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A presente dissertação consiste numa apresentação introdutória sobre "o problema
da distanásia à luz da discussão bioética atual", temática específica da ética
biomédica. A análise inicia expondo o contexto da medicina que, devido aos
significativos avanços científicos, a morte deixou de ser um desfecho natural e
transformou-se em inimiga que deve ser vencida a qualquer custo. O objetivo central
da pesquisa é esclarecer quais as possíveis soluções no caso de dilemas morais da
distanásia. Teve como discussão mais importante a questão sobre: até que ponto o
médico pode ficar apenas na base de uma moral deontológica para definição sobre a
melhor escolha moral e qual o papel das emoções para uma ação propriamente
moral? A exposição segue as seguintes etapas: como ponto referencial, analisa-se a
perspectiva da velha ética deontológica em contraponto com a nova propedêutica
bioética, a partir de uma contextualização histórica e conceitual das questões centrais
da bioética, ética médica e ética hipocrática. Pretende-se mostrar os diversos sentidos
ou perspectivas de uma série de questões sistemáticas que, à primeira vista, parecem
sugerir ser uma discussão de questões práticas da aplicação de certas regras, mas
não é assim tão fácil decidir quais os motivos e critérios que garantam uma
determinada forma de aplicação, uma concreta prática médica de caráter moral. Em
segundo lugar, analisa-se filosoficamente os paradigmas tecnocientífico, comercialempresarial
e humanitário como forma de melhor compreensão da distanásia. Em
terceiro lugar, apresenta-se a perspectiva fundamental da bioética atual com
exposição da nova ética biomédica e a relativização da moral hipocrática. Por fim,
mesmo que ainda exista grande dificuldade em respostas definitivas nessa nova
perspectiva da investigação bioética, conclui-se pela necessidade de respeito ao
direito a autonomia do paciente, com ênfase nos aspectos substanciais ou valorativos
em torno do engajamento empático na relação médico-paciente.
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