Comportamento mecânico de concretos com substituição parcial de cinza de casca de arroz e adição de fibras de aço em altas temperaturas
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Data
2020-01-09Autor
Kramer, Henrique dos Santos
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A incorporação de cinza de casca de arroz (CCA) ao concreto gera benefícios para a
sua durabilidade em situações usuais, pois acarreta o refinamento de estrutura de
poros. Entretanto, em situações excepcionais, como as de um incêndio, o refinamento
dos poros dificulta a saída dos vapores de água que surgem quando o concreto é
aquecido, aumentando a pressão interna nos poros, o que pode auxiliar no
aparecimento do spalling explosivo. Pesquisas mostram que a utilização de fibras de
aço pode auxiliar na redução da susceptibilidade ao aparecimento do spalling em
concretos, pois auxiliam no controle do surgimento das fissuras. Apesar da
incorporação de CCA no concreto ser discutida em inúmeras pesquisas, poucas se
preocupam em analisar seu comportamento em altas temperaturas e, muito menos,
com a adição de fibras de aço. Nesta pesquisa, analisa-se a influência da substituição
parcial de cimento Portland por CCA e a adição de fibras de aço na resistência
mecânica à compressão, módulo de elasticidade, perda de massa e ocorrência de
spalling em concretos após serem submetidos a altas temperaturas. Para isso, foram
moldados corpos de prova com relação fixa de a/agl de 0,45, 25% de substituição de
cimento por CCA e adição de 10 kg/m³ de fibras de aço. As amostras foram aquecidas
a uma taxa de aquecimento de 1ºC/min, de acordo com RILEM TC 129-MHT (RILEM
Technical Committee, 2004) até atingirem os patamares de temperatura de 200ºC,
400ºC, 600ºC e 900ºC, nos quais permaneceram por 60 minutos. Os ensaios foram
realizados após o resfriamento dos corpos de prova. Com os resultados obtidos,
percebeu-se que a incorporação de CCA melhora o desempenho quanto à resistência
mecânica à compressão residual e à perda de massa, porém não influenciou no
módulo de elasticidade residual. Já a adição de fibras de aço apresentou melhorias
na resistência à compressão, sendo estas evidentes acima de 400ºC, mas, por outro
lado, não influenciaram os resultados quanto ao módulo de elasticidade e à perda de
massa. Por fim, não foi evidenciado a ocorrência de spalling nas amostras ensaiadas
devido às condições de acondicionamento de pré-aquecimento dos corpos de prova,
bem como devido à taxa de aquecimento utilizada.
Coleções
- TCC Engenharia Civil [249]
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