Digestibilidade aparente de farinha de Tenebrio molitor e concentrado proteico de sementes de porongo para jundiás (Rhamdia quelen)
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Data
2022-07-27Primeiro membro da banca
Lazzari, Rafael
Segundo membro da banca
Ferrigolo, Fernanda Rodrigues Goulart
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Este estudo teve como objetivo empregar na nutrição de alevinos de jundiá (Rhamdia quelen) duas fontes proteicas não convencionais, as larvas de Tenebrio molitor e o concentrado proteico das sementes do porongo (Lagenaria siceraria), onde determinou-se os coeficientes de digestibilidade aparente (CDAs) da matéria seca (MS), proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE), matéria orgânica (MO) e matéria mineral (MM) destes ingredientes, bem como o desempenho e índices digestivos dos peixes. Para o estudo com as larvas de tenébrio foi desenvolvido método de secagem e retirada da gordura das larvas obtendo assim, um ingrediente (farinha) com maior teor proteico. Para obtenção do concentrado proteico das sementes do porongo, foi empregada metodologia para extração e concentração proteica. Posteriormente, foram confeccionadas dietas experimentais de acordo com a exigência da espécie avaliada e fase de desenvolvimento, realizando-se um ensaio biológico. Foram distribuídos aleatoriamente, trinta e dois jundiás com peso médio inicial de 15,37 ± 2,68g em seis incubadoras cônico-cilíndricas (200L) e o delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, com dois tratamentos e três repetições. As dietas foram compostas por 30% do ingrediente teste e 69,98% da dieta referência. Como marcador inerte utilizou-se óxido de crômio III na concentração de 0,2%. No estudo com a farinha de larvas de tenébrio desengorduradas (FTD) foram observados CDAs altos (>70%), porém quando comparada a dieta referência, a excreção de proteína e gordura nas fezes foi maior com a dieta teste. Na avaliação de desempenho foram observadas diferenças significativas somente nos parâmetros de crescimento (CMD e GMD). No estudo com CPP observou-se diferenças estatísticas na composição centesimal das rações (PB, EE e MM) e nas fezes (PB e EE). Houve diferença estatística nos parâmetros de crescimento (CMD, GMD e CA) e para o índice hepatossomático (IHS). Nos CDAs verificou-se valores satisfatórios para EE e PB, e valores aceitáveis conforme verificado na literatura. Conclui-se que ambas as dietas testes podem ser consideradas boas opções como fontes de proteína, pois apresentaram boa digestibilidade dos ingredientes e não prejudicaram o desempenho dos jundiás. Vale ressaltar, que mais estudos devem ser realizados para aprimorar as formas e os níveis de inclusão adequados destes ingredientes para cada espécie a ser trabalhada, promovendo um melhor aproveitamento da proteína e menor impacto no ambiente de cultivo.
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