Propriedades de medição da escala de advocacia do paciente para enfermeiros de terapia intensiva
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Data
2022-08-29Primeiro coorientador
Vargas, Mara Ambrosina de Oliveira
Primeiro membro da banca
Barlem, Jamila Geri Tomaschewski
Segundo membro da banca
Ramos, Flávia Regina Souza
Metadata
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A estrutura organizacional da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), bem como as questões clínicas e éticas envolvidas no cuidado aos pacientes que nela internam, confrontam o profissional enfermeiro com situações que exigem o exercício da advocacia do paciente. Para que este exerça o papel de defensor, alguns fatores irão influenciar, dentre eles: suas crenças e atitudes, assim como, determinadas barreiras inerentes ao exercício profissional nesse setor. Objetivos: Validar a Escala de Advocacia do Paciente para Enfermeiros de Terapia intensiva (EAPEnf-UTI); Caracterizar os enfermeiros segundo as variáveis sociodemográficas e laborais; Metodologia: Trata-se de um estudo metodológico, de desenho transversal, realizada com 377 enfermeiros intensivistas atuantes em unidades de terapia intensiva adulto, tanto do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto de instituições privadas, com representatividade dos 26 estados brasileiros e Distrito Federal. Na seleção dos participantes, foi utilizada a modalidade de amostragem não-probabilística por conveniência, de forma que os informantes foram selecionados de acordo com sua disponibilidade. O recrutamento dos participantes se deu por meio de e-mails dirigidos a profissionais, chefias de serviços de instituições, pesquisadores e professores de diferentes cidades do país, solicitando que o link de acesso ao instrumento fosse divulgado em suas redes de contatos profissionais, e também através de redes sociais. A coleta de dados ocorreu no período de janeiro a junho de 2021, por meio de formulário online (Google forms). Os dados foram organizados em tabela no programa Excel 2010® e, posteriormente, foram submetidos aos testes estatísticos para garantir a validade de constructo da medida. O projeto foi submetido ao Comitê de ética em pesquisa com seres humanos via Plataforma Brasil e aprovado conforme CAEE 84197418.8.0000.0121. Resultados: Os resultados mostraram que a amostra e a matriz de correlação dos dados eram adequadas para esta análise: KMO = 0,88; Teste de esfericidade de Bartlett, χ² (1596) = 10.992,5, p < 0,001. A partir da exploração estrutural da escala, por meio da Análise Fatorial Exploratória (AFE) e da Análise Fatorial Confirmatória (AFC), bem como da análise da consistência interna da medida, a versão final da EAPEnf-UTI ficou composta por 54 itens, distribuídos em 5 dimensões/fatores: Fator 1 – Advocacia clínica e organizacional em cuidados intensivos; Fator 2 – Barreiras associadas à complexidade clínica e organizacional da terapia intensiva; Fator 3 – Atitudes de promoção da autonomia de pacientes e familiares em cuidados intensivos; Fator 4 – Barreiras associadas a divergências e limites ético-profissionais em cuidados intensivos; e Fator 5 – Antecedentes pessoais e profissionais do enfermeiro intensivista. Os índices de consistência interna da escala considerando cada fator foram: Fator 1 (α = 0,97,ω = 0,98); Fator 2 (α = 0,91, ω = 0,94); Fator 3 (α = 0,90, ω = 0,94); Fator 4 (α = 0,89, ω = 0,94); Fator 5 (α = 0,83, ω = 0,89). Conclusões: A versão final da EAPEnf-UTI ficou composta por 54 itens, distribuídos em 5 fatores, e se constitui em um instrumento válido, fidedigno e confiável para realizar a avaliação das crenças e ações de enfermeiros intensivistas, no exercício da advocacia do paciente.
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