Regulação emocional e sofrimento mental em trabalhadores brasileiros durante a pandemia de Covid-19 no Brasil
Fecha
2022-12-19Primeiro membro da banca
Traesel, Elisete Soares
Segundo membro da banca
Vargas, Fernanda de
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Mostrar el registro completo del ítemResumen
A pandemia do novo coronavírus (COVID-19) impactou gravemente os âmbitos econômicos e
de saúde, com centenas de milhões de casos confirmados e uma alta porcentagem de fatalidades.
Além das consequências observadas no âmbito financeiro e de saúde física, as incertezas
relacionadas ao vírus, bem como as drásticas mudanças comportamentais requeridas pelas
normas de distanciamento social e isolamento, causaram grande impacto na saúde mental dos
sujeitos, que estão mais propensos a experimentar sensação de impotência, medo, ansiedade ou
depressão durante esse período. Trabalhadores envolvidos na prestação de serviços para o
público estão entre os grupos com risco elevado de contágio durante os surtos da COVID-19 e
ao lidar com o estresse ocasionado por essa exposição ambiental, cada indivíduo seleciona
diferentes estratégias de enfrentamento. Uma vez que estratégias de enfrentamento são recursos
para manejar estresse, a forma com que cada um regula suas emoções também pode alterar o
repertório final, e fatores de personalidade podem contribuir para a diversidade de respostas
comportamentais observadas no ambiente de trabalho destes indivíduos. O presente estudo
objetivou conhecer os níveis de sofrimento emocional relatados por trabalhadores da prestação
de serviço ao público durante a pandemia de COVID-19 e o papel da desregulação emocional
e traços de personalidade nessa sintomatologia. Participaram do estudo 80 trabalhadores
brasileiros, a maioria com idade entre 18 e 24 anos (30.77%) e 30 e 34 anos (26.92%). Os
participantes responderam a um questionário sociodemográfico, além da Versão Reduzida da
Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse (DASS-21), Marcadores Reduzidos de
Personalidade (MR-25) e a Escala de Dificuldades em Regulação Emocional (DERS). Para a
análise dos dados, foram realizadas estatísticas descritivas e regressão linear do método
stepwise. Após análise dos dados, encontrou-se que somente a Desregulação Emocional está
positivamente correlacionada ao relato de sintomas de depressão, ansiedade e estresse na
amostra estudada. Ademais, o estudo pontua a necessidade de melhor compreensão acerca do
papel mediador da regulação emocional no aparecimento de sintomas de adoecimento mental
em trabalhadores brasileiros.
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