Ácido giberélico e períodos de vernalização no crescimento, florescimento, produtividade e citogenotoxicidade do óleo essencial de Lavandula spp.
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Data
2023-02-15Primeiro membro da banca
Backes , Fernanda Alice Antonello Londero
Segundo membro da banca
Conterato , Ionara Fatima
Terceiro membro da banca
Ferrera , Tiago Silveira
Quarto membro da banca
Frescura , Viviane Dal-Souto
Metadata
Mostrar registro completoResumo
As lavandas (Lavandula spp.) são plantas exóticas com diversas propriedades terapêuticas,
além de produzir óleo essencial que é muito utilizado na indústria farmacêutica, cosmética e
alimentícia. A utilização de técnicas de manejo que viabilizam e incrementam os cultivos em
quantidade e qualidade de produção, principalmente para aqueles que podem apresentar
dificuldades para se desenvolver em condições adversas às de origem, podem servir como uma
alternativa para a inovação e produção de novas espécies. As lavandas apresentam popularidade
e interesse crescente no Brasil, porém, pouco se sabe sobre seu comportamento mediante o
manejo com hormônios vegetais e a vernalização. O trabalho teve como objetivo determinar a
influência da aplicação de ácido giberélico (GA3) e períodos de vernalização no crescimento,
florescimento, produtividade de óleo essencial e deste, sobre a divisão celular e material
genético de Allium cepa L. Os experimentos foram conduzidos no Departamento de Fitotecnia
da UFSM. O primeiro experimento foi conduzido a campo para testar a aplicação de quatro
concentrações de GA3 (100, 200, 400 e 600 mg L-1
, mais 0 mg L-1
, como controle em água, em
duas espécies de Lavandula spp. (Lavandula stoechas L. e Lavandula angustifolia Mill.). O
segundo experimento foi realizado em câmara fria, seguido do cultivo em casa de vegetação,
com as mesmas espécies, vernalizadas por 0, 2, 4, 6, 8, 10 e 12 semanas à 4ºC±1ºC. As variáveis
analisadas foram: altura, diâmetro e número de ramos por planta, dias para início do
florescimento (DPF), porcentagem de plantas e ramos com inflorescências (PPI e PRI, %),
número de inflorescências de até 3 cm e maiores que 3 cm, massa fresca e seca de
inflorescências e folhas, teor e rendimento do óleo essencial de inflorescências e folhas. Um
terceiro experimento foi realizado no Laboratório de Citogenética Vegetal do Departamento de
Biologia da UFSM, para avaliar o efeito genotóxico e antiproliferativo do óleo essencial de
ambos os experimentos na concentração de 0,05%, através do teste de Allium cepa. Os
resultados demonstraram que a L. stoechas apresentou respostas satisfatórias e superiores a L.
angustifolia para o cultivo na Região Central do Rio Grande do Sul, com a aplicação exógena
de GA3 de 400 e 600 mg L-1
e vernalização por até 4 semanas em câmara fria à 4ºC±1ºC,
incrementando sobre o crescimento, número de inflorescências, teor e rendimento do óleo
essencial de inflorescências e folhas. Concentrações de 400 e 600 mg L-1
de GA3 anteciparam
o florescimento, bem como, maior produção de inflorescências para L. angustifolia, porém, o
florescimento ocorreu apenas após a aplicação no verão e foi insatisfatório para a extração do
óleo essencial das inflorescências. A vernalização de 10 a 12 semanas à 4ºC±1ºC, foi necessária
para induzir ao florescimento da L. angustifolia, antecipar o florescimento e incrementar em
altura, porém, a exposição subsequente a temperaturas do ar elevadas, influenciaram
negativamente sobre o número de inflorescências, teor e rendimento do óleo essencial de folhas.
Os óleos essenciais a 0,05% apresentam potencial de proliferação da divisão celular e atividade
genotóxica, pela observação de irregularidades cromossômicas.
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