Outra economia acontece: o caso do Projeto Esperança/Cooesperança na geração de trabalho e renda em Santa Maria-RS de 1987 a 2023
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Data
2023-01-13Autor
Moraes, João Pedro Robaino Marques de
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O Projeto Esperança representa um importante episódio na História da Economia
Popular Solidária Brasileira. Em 2023, completa 35 anos de atividade. Esta pesquisa
está centrada em analisar a importância da Economia Popular Solidária sobre a
Geração de Trabalho e Renda para pequenos agricultores associados à
COOESPERANÇA. Sobre o objetivo geral, espera-se ampliar o entendimento
historiográfico sobre o impacto do Projeto Esperança no enfrentamento aos efeitos
econômicos e sociais decorrentes da conjuntura econômica brasileira dos anos 1980
e 1990. Nominalmente, efeitos como desemprego, expulsão do campo e exclusão
social, ainda que sejam elementos permanentes no capitalismo, foram intensificados
no período temporal referido. Pretende-se, neste estudo, identificar e destacar
elementos que demonstrem a relevância do projeto para a Geração de Trabalho e
Renda dos feirantes, com foco nos agricultores; quanto aos impactos na produção,
abordar a introdução à agroecologia e comércio direto. A geração de renda possui
relação direta com a qualidade de vida do trabalhador e, tratando-se de uma dinâmica
de produção e comercialização não-capitalistas, é também objetivo deste estudo
investigar o aumento na qualidade de vida do sujeito inserido na Economia Solidária.
Para a obtenção de resultados mais abrangentes, metodologicamente, optou-se por
investigar os documentos presentes no acervo do Projeto, relatos orais e bibliografia
sobre o Projeto Esperança/COOESPERANÇA, a fim de, através dessa variedade de
fontes consultadas, obter um resultado que permita um campo de visão mais amplo
sobre os impactos da Economia Solidária. A possibilidade de pesquisa histórica nessa
temática é realmente vasta e inexplorada, devendo ser investigadas as origens da
Economia Solidária para melhor compreender essas dinâmicas. Cabe ao historiador
explorar as condições que favoreceram a classe trabalhadora a lutar por uma
economia pautada em autogestão, solidariedade e qualidade de vida, que promove a
organização coletiva para resistir ao capitalismo enquanto trabalhadores autônomos e
sujeitos da própria história.
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