O impacto socioeconômico da pandemia da Covid-19 no Brasil sob a ótica da governança pública
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Data
2023-02-03Primeiro membro da banca
Coronel, Daniel Arruda
Segundo membro da banca
Lopes, Mygre
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Mostrar registro completoResumo
A crise global causada pela Pandemia da Covid-19 levou países do mundo todo a enfrentam
desafios em definir estratégias para mitigar impactos causados pela doença. As estruturas de
governança influenciam no processo decisório de cada país e, trazem resultados e impactos
diferentes. O objetivo deste trabalho é analisar o impacto socioeconômico causado pela
Pandemia da Covid-19 no Brasil diante do modelo de governança adotado pelo país. O estudo
se desenvolve apoiado nas sugestões e evidências da literatura, dividindo as variáveis em duas
linhas: (i) social; que engloba a magnitude da doença, óbitos e vacinação, e (ii) econômicofinanceiro; que abrange indicadores de emprego e renda e gastos públicos com benefício social
durante a Pandemia. A pesquisa é exploratória e descritiva, com intuito de investigar e descrever
o fenômeno, apropriar-se do tema e os impactos causados no conjunto socioeconômico do país.
A abordagem do estudo é quantitativa, objetivando mensurar os impactos, sendo utilizados
dados secundários provenientes de análise documental de portais e fontes públicas de dados.
Para análise de dados as técnicas utilizadas voltam-se à estatística descritiva e regressão de
dados em painel. O teste de Efeitos-Aleatórios utilizou 756 observações em 27 unidades de
corte transversal, que representam os estados brasileiros na série temporal de 28 meses, no
recorte de março de 2020 a junho de 2022. A variável dependente considerada é a
magnitude/casos da doença. As evidências do estudo descrevem o cenário da Pandemia nos
diferentes estados. A partir da aplicação do modelo econométrico, verificou-se que as variáveis
utilizadas possuem significância e representam a hipótese de estudo. Portanto, a relação entre a
magnitude da doença, o número de óbitos, o número de vacinas aplicadas, o auxílio
emergencial, e, a alta/baixa dos empregos formais dá sustentação ao que foi proposto na
hipótese do estudo. O coeficiente mais indicativo do estudo foi o de mortalidade. A relação
diretamente proporcional indica que estados que tiveram mais casos de Covid-19 tiveram mais
mortes. Além disso, a variável vacinas, evidencia que a imunização salvou mais vidas, pois
locais com maiores números de vacinação tiveram menos casos e mortes. A variável do auxílio
emergencial indicou que locais onde houve maiores valores de benefício pago, houve a
diminuição de casos. Considerando as contratações no mercado de trabalho, onde haviam mais
pessoas trabalhando, houve mais casos de contaminação. Por outro lado, quanto mais
desligamentos dos cargos de trabalho, menor a proporção de casos da doença. Com o lockdown
e a diminuição de pessoas circulando houve redução no número de casos. O R² ajustado do
modelo da regressão em painel apresentou o valor de 0,405234. O valor é satisfatório, pois
demonstra que a capacidade de explicar o tema com as variáveis foi de 40,52%. Admite-se que
as seis variáveis inseridas no estudo captam a relação dos impactos da Pandemia nas regiões
brasileiras. Assim, as consequências identificadas em cada região, decorrem das decisões dos
modelos de governança adotados em cada Estado, cuja regionalização trouxe impactos
socioeconômicos diferentes nas regiões brasileiras.
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