Violência simbólica e joysticks: práticas comunicacionais e masculinidades na comunidade sobre jogos digitais
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Data
2020-03-25Primeiro membro da banca
Brignol, Liliane Dutra
Segundo membro da banca
Falcão, Thiago Pereira
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Jogar é uma atividade cultural
inerente à humanidade desde tempos imemoráveis. Jogar
também é uma ação essencialmente coletiva, onde indivíduos se reúnem em torno do ato de
jogar. O presente trabalho se propõe a estudar a comunidade de pessoas que jogam, criada em
torno da mais recente manifestação desta atividade, os jogos eletrônicos. Tem por objetivo
compreender as práticas comunicacionais de participantes desta comunidade sobre jogos
digitais, em suas relações com a plataforma Steam e com outras pessoas que jogam. Também
busca compr eender as relações do capital simbólico com estas práticas, observando quais tipos
de violência simbólica ocorrem nesta comunidade, discutindo o impacto desse tensionamento
entre violências e resistências no mercado de jogos e nas representações dessa cult ura. Para
tanto é utilizada uma triangulação de métodos, conforme proposto por Bourdieu, buscando um
referencial analítico para uma melhor compreensão desta comunidade com uma abordagem de
inspiração etnográfica em um grupo do WhatsApp que reúne pessoas jo gam. A partir disso,
articulamos questões como representatividade, violência, preconceito e masculinidade,
relacionando as discussões do grupo com aquelas que ocorrem na plataforma Steam . O trabalho
observa que: um capital simbólico específico do campo, o capital lúdico, serve como moeda
para conservação ou subversão do campo; que existem diversas formas de violência simbólica
que, por sua subjetividade, por vezes não são percebida pelos que sofrem com ela e são negadas
por aqueles que a perpetram; que o me rcado procura formas de reagir, mas parece que no
sentido de ampliar o público consumidor; que a masculinidade hegemônica é expressa tanto de
forma aberta, com ataques e agressões, como em pequenos nuances de comportamento; que a
comunidade não se entende como homofóbica, racista ou machista, mas que apresenta este
comportamento expresso de diversas formas; e que os capitais simbólicos investidos em
determinados temas se tornam um capital de risco para os participantes de determinados grupos.
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