Corticosteroide antenatal e prematuridade: análise do pré-natal, parto e desfechos neonatais de pacientes atendidos no Hospital Universitário de Santa Maria
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Data
2023-04-26Primeiro membro da banca
Padoin, Licerio Vicente
Segundo membro da banca
Costa, Felipe
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Mostrar registro completoResumo
Na atualidade, a prevalência da prematuridade vem crescendo mundialmente, o
Brasil ocupa o nono lugar no ranking dos 10 países com as maiores taxas, cerca de
11,2 por 100 nascidos vivos. (DIAS BAS et al.,2022). A prematuridade é a principal
causa de morbimortalidade no período neonatal (ALBUQUERQUE et al., 2002).
Entre suas consequências estão uma série de transtornos no recém-nascido, como
maior risco de infecções, hemorragia intracraniana e periventricular, icterícia,
retinopatia e principalmente dificuldades respiratórias (PACHI, 2003). É reconhecida
a dificuldade do diagnóstico precoce do trabalho de parto pré-termo, por isso a
prevenção de complicações nesses fetos se torna uma prioridade durante o prénatal. Nesse contexto, o uso do corticóide surge com a intenção de diminuir as taxas
de mortalidade neonatal, estimulando o amadurecimento pulmonar fetal.
(MENEGUEL et al.,2022). Desse modo, o objetivo desse estudo é analisar, nas
pacientes atendidas no Hospital Universitário de Santa Maria, se a administração de
corticóide foi bem indicada, ao revisar o contexto de administração da medicação, os
fatores de risco de prematuridade relacionados à gestação e os desfechos
esperados para essas pacientes e fetos. Metodologia: Foi feita uma análise
transversal, por meio da coleta de dados de prontuários, de gestantes que
realizaram corticóide durante atendimento ou internação no centro obstétrico do
Hospital Universitário de Santa Maria de janeiro a dezembro de 2019. Para a
caracterização da amostra foi realizado uma análise descritiva dos dados das
parturientes de dos recém-nascidos, sendo que as variáveis categóricas foram
apresentadas em forma percentual e as quantitativas em forma de média e desvio
padrão. Na análise das variáveis qualitativas foi verificada a associação através do
teste do qui-quadrado e nas quantitativas o teste z de duas amostras. As
associações foram consideradas significativas quando os resultados apresentaram o
valor-p < 0,05. Resultados: Houve diferença significativa na proporção de RN
prematuros (66,3%) cujas mães usaram corticóide, correspondendo a maioria dos
casos, em relação aos não prematuros (33,7%) (p=0,003). Em relação ao
nascimento em 7 dias, pode-se observar associação estatística com a
prematuridade, ou seja, a maioria dos pacientes que tiveram parto em 7 dias
realmente tiveram fetos prematuros. (p< 0,001). A porcentagem de pacientes que
tiveram fetos prematuros e com nascimento dentro de 7 dias foi de 46,9 %, as
patologias maternas mais prevalentes nas pacientes foram os distúrbios
hipertensivos e a diabetes. Houve uma prevalência de fetos prematuros em
pacientes com patologias (89,1%). As patologias maternas também foram
prevalentes nas mães dos fetos nascidos a termo (75%). Conclusão: a maioria das
pacientes estudadas realizaram corticóide de acordo com a indicação vigente na
literatura, tendo em vista que a maioria teve parto prematuro dentro dos sete dias
subsequentes à administração da medicação.
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