Diferentes fontes proteicas, com o uso ou não de taninos de acácia negra (Acacia meransii), na terminação de cordeiros
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Data
2023-10-27Primeiro membro da banca
Corrêa, Gladis Ferreira
Segundo membro da banca
Maysonnave, Greicy Sofia
Metadata
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O manejo alimentar adequado, é fundamental para maximizar a produção de cordeiros por
isso o uso de alimentos alternativos como os subprodutos agroindustriais aliado a
utilização de aditivos alimentares capazes de potencializar a produtividade está em
ascensão em sistemas de confinamento. O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito de
dietas com diferentes fontes proteicas nas características de comportamento ingestivo,
consumo, digestibilidade, desempenho, carcaça e características físico-químicas da carne
de cordeiros terminados em sistema de confinamento, com uso ou não de extrato de
tanino de acácia negra. A pesquisa foi realizada no Laboratório de Ovinocultura do
Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Santa Maria. Foram utilizados 36
cordeiros machos, não castrados, cruza Texel x Ile de France, desmamados aos 60 dias de
idade. Esses foram divididos em quatro tratamentos compostos por duas fontes proteicas
(farelo de soja ou farelo de canola), e com o uso ou não de extrato de tanino de acácia
negra, com duração de 70 dias, sendo 10 dias destinados a adaptação dos animais. O
delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, em esquema fatorial
2x2 (duas fontes proteicas x uso ou não de tanino), com 9 repetições por tratamento. Para
todas as variáveis analisadas, não houve interação (P≤0,05) entre a fonte proteica e a
utilização de extrato de tanino. Os resultados obtidos favoreceram os cordeiros
alimentados com farelo de canola, quando comparados aos cordeiros alimentados com
farelo de soja para as variáveis de consumo de matéria seca, matéria orgânica, fibra em
detergente neutro e ácido, nutrientes digestíveis totais (4,19%, 4,17%, 1,32%, 0,59% e
3,82%), digestibilidade da matéria seca, matéria orgânica e da proteína (81,80%, 82, 26%
e 83,70 %), peso vivo ao abate (45,43kg), ganho de peso médio diário (0,350kg), peso de
carcaça quente e fria (21,72kg e 21,19kg), espessura de gordura subcutânea (3,19mm), cor,
marmoreio, força de cisalhamento (2,84kg), umidade (77,52%) e a relação de ácidos
graxo insaturados e saturados (1,33%) da carne. Quanto ao uso ou não do extrato de
tanino de acácia negra, os animais alimentados com a dieta sem a inclusão do tanino
obtiveram os melhores resultados quando comparado com a dieta com adição de 1,6 % de
extrato de tanino na matéria seca total para as variáveis de tempo despendido em ócio
(695,25min/dia), consumo de de matéria seca, matéria orgânica, fibra em detergente
neutro e ácido, nutrientes digestíveis totais, peso vivo ao abate (46,8kg), peso de carcaça
quente e fria (21,77kg e 21,24kg), rendimento de carcaça quente e fria (48,82kg e
47,61kg), índice de compacidade da carcaça (0,33cm), estado de engorduramento, força
de cisalhamento (2,88kg) e percentagem de ácidos graxos polinsaturados na carne
(7,35%). Desse modo, é possível afirmar que o farelo de canola pode ser utilizado como
fonte proteica alternativa, na substituição ao farelo de soja na alimentação de cordeiros. E
que o uso do extrato de tanino não foi vantasojo, na dosagem e na dietas ofertada aos
animais do estudo para as caraterísticas de consumo, digestibilidade, desempenho, carcaça
e qualidade da carne dos cordeiros, sendo necessário mais pesquisas quanto ao uso desse
aditivo na alimentação dos animais.
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